AME e HEC orientam municípios para reduzir faltas em consultas
Trabalhos de matriciamento com as Unidades Básicas de Saúde e campanhas esclarecem as consequências do absenteísmo
Foto: Comunicação/FPA - Quando paciente falta à consulta agendada sem avisar, há custos e perda de eficiência
Por Da Reportagem Local | 27 de fevereiro, 2024

Um dos principais desafios enfrentados na área da saúde assistencial é o absenteísmo ambulatorial, que ocorre quando o paciente não comparece à consulta marcada sem notificar a unidade. Isso gera custos e perda de eficiência, pois poderiam ser agendadas novas consultas nos horários vagos.

O AME Catanduva, sob gestão da Fundação Padre Albino, e o Ambulatório do Hospital Emilio Carlos estão criando estratégias para conscientizar a população sobre a importância de comparecer às consultas médicas agendadas e, assim, garantir que o atendimento seja ofertado a quem precisa.

Com 22 especialidades médicas e diversos atendimentos não médicos, em 2023 o AME registrou, em média, 4.200 consultas mensais. O índice de absenteísmo (falta) no final do ano foi de 21%, cerca de 900 desistências por mês. “A meta é diminuir a média para que fique dentro das taxas recomendadas por instituições de saúde internacionais referenciadas”, disse a gerente administrativa da unidade, Karulini Polo.

Para alcançar esse percentual, visitas às unidades básicas de saúde da região são feitas. “Através do projeto ‘Ame ao próximo’ nos deslocamos regularmente até esses equipamentos públicos de saúde, responsáveis pelo encaminhamento das consultas e atendimentos no AME Catanduva, para conscientizar a população para evitar atrasos e esclarecimentos sobre o procedimento para desmarcar a consulta se o paciente tiver um imprevisto, por exemplo”, explica Karulini.

Outra medida adotada são campanhas de matriciamento com esses municípios, levando profissionais para que as unidades, em conjunto com o AME, orientem quanto aos horários do transporte desses pacientes, contato prévio e outras rotinas que favoreçam a diminuição dessa taxa.

“Internamente, com os pacientes em espera nas recepções, trabalhamos a conscientização quanto às possíveis dúvidas que eles possam ter. No geral, as principais justificativas dos pacientes para o absenteísmo são o esquecimento, a dificuldade para encontrar o ambulatório e motivações pessoais, entre outras”, enumera a gerente. “Quando a pessoa falta e não avisa, o profissional fica à espera, enquanto deixa de atender outras que precisam muito. Então reforçarmos os nossos canais de atendimento para que seja feito o cancelamento prévio”, ressalta.

No Hospital Emilio Carlos a realidade é bem parecida. São 38 consultórios e 42 especialidades que atenderam no ano passado média de 6.400 pacientes/mês, com taxa de faltas chegando a 25% (1.300 pacientes/mês).

Mayara Theodoro Neves, gerente de Serviços, nota que em algumas especialidades a taxa diminui, mas que nas demais o número de faltantes se mantém. “Constantemente reforçamos nossa campanha do “Eu desmarco” nas redes sociais, alertando para este fato de que a pessoa está deixando vazia a vaga de outra, além de manter o Departamento Regional de Saúde informado sobre as taxas de absenteísmo para atuar nos municípios de maior demanda de faltantes”, explica Mayara.

O AME e o HEC possuem canais de atendimento para que as consultas sejam desmarcadas previamente e sanar dúvidas. Para entrar em contato com o AME, o número é 17 3311-1100; para as consultas agendadas no Hospital Emilio Carlos o telefone é 17 3311-3200.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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