O catanduvense Altobeli Silva subiu duas vezes ao pódio no Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, no Centro Olímpico da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. Ele conquistou a medalha de prata na prova de 3 mil metros com obstáculos na sexta-feira, 10, e menos de 12 horas depois, voltou à pista para ser campeão nos 5 mil metros no sábado, 11.

A imagem da vitória conseguida na reta final chamou a atenção nas redes sociais. “Fui campeão devido à estratégia que eu fiz. Os adversários deixaram a prova bem lenta, como sou um atleta rápido de final e de sprint, eu permaneci ali o tempo todo atrás do bloco do pelotão e, ao final da prova, eu pude dar um sprint final e ganhar. Mas foi muito difícil, bem disputado”, relata.

A participação de Altobeli em Cuiabá ainda representou a retomada das disputas oficiais depois de 16 dias parado, por conta de uma lesão. “Faz duas semanas que eu voltei a treinar devido a um trabalho que eu fiz com o doutor Daniel Artiaga [médico do esporte e ortopedista], em Catanduva. Foi ele que acreditou em mim e falou que eu poderia voltar em duas semanas.”

O atleta diz que o apoio dado pelo médico e a confiança de que ele poderia retornar em tempo foi, de certa forma, um estímulo a mais. “Isso me motivou muito a ponto de eu acreditar que eu poderia estar aqui, com dedicação aos treinos e em recuperar essa lesão, e continuar na briga por uma vaga olímpica, para ir para minha terceira olimpíada, então sigo firme.”

O próximo desafio de Altobeli será no domingo que vem, no GP Brasil de Atletismo, no Rio de Janeiro. Depois ele seguirá para a Europa, onde competirá no dia 26 de maio em Bruxelas, na Bélgica, e permanecerá por três semanas fazendo um tour por competições europeias.

OLIMPÍADAS

Para conseguir vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, Altobeli acredita que ainda precisa vencer o GP Brasil, no Rio de Janeiro, e o Troféu Brasil, em São Paulo – que é o mais importante do país. Aliando vitórias e bons índices, ele aposta na convocação pelo bom desempenho em provas de alto nível. “O Comitê Olímpico Internacional leva muito em consideração isso”, garante.