A estreita relação de Catanduva com o gênero musical mais conhecido do mundo
"O rock é mais uma face da cidade, que representa uma parte da população que leva esse estilo de vida", aponta professor Valadares Jr.
Foto: ARQUIVO PESSOAL - Rua Babilônia é uma das várias bandas de rock em atividade em Catanduva
Por Stella Vicente | 13 de julho, 2022
Dia 13 de julho é o Dia Mundial do Rock, pois relembra um marco histórico. Neste mesmo dia, em 1985, ocorria o Live Aid, um megaevento musical que reuniu estrelas do rock, a fim de arrecadar doações para uma campanha de combate à fome na África.  
 
Na ocasião, performaram grandes nomes do meio como a banda Queen, Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood, Elton John, Paul McCartney, David Bowie, U2, entre outros.  
 
Apesar de ser o Dia Mundial do Rock, a data é comemorada apenas no Brasil. Isso porque ela começou a ser celebrada nos anos 1990, quando duas rádios paulistanas, que eram dedicadas ao gênero musical, começaram a mencionar a data durante a programação. Os ouvintes abraçaram a ideia e, em poucos anos, a data passou a se popularizar por todo o país.  
 
Catanduva tem relação estreita com o rock. Ao longo dos anos, foram várias bandas e artistas performando esse estilo musical. Até os dias de hoje novos grupos são formados e é possível contar com uma variedade de shows sendo realizados na cidade e também na região.
 
Além disso, muitos eventos importantes, de nível nacional e até internacional, foram sediados em Catanduva, promovendo ainda mais o consumo do rock por aqui.  
 
José Carlos Valadares Junior, professor e jornalista, relembra alguns dos nomes do meio que mais tiveram êxito em Catanduva. “Uma das bandas que gravou seu nome na história da cidade foi a banda LSD, que fez muito sucesso. Em 1989, a banda Paraíso Negro, também um dos destaques do rock catanduvense, gravou um compacto em vinil, feito de muita relevância para a época”, conta Valadares, que é também um amante do rock.  
 
Ele ainda recorda de outros nomes importantes como a banda Rooster, que agitava as noitadas durante a época que estavam na ativa, e a banda Mastigando Mutretas. Hoje em dia várias bandas seguem produzindo, até mesmo, um som autoral, com composições próprias. É o caso de Pesadelo Brasileiro, The Gambiarras, Cáscara Sagrada e Rua Babilônia, da qual Valadares faz parte.  
 
Segundo ele, o gênero é, realmente, importante para a história de Catanduva. “O rock é mais uma face da cidade, que representa uma parte da população que leva esse estilo de vida e que se identifica com esse estilo musical”, relata Valadares.
 
Na segunda metade dos anos 1990 e boa parte dos anos 2000, Catanduva, que já chegou a ser apelidada como Capital do Rock, sediou muitos eventos, até mesmo internacionais.
 
“Vieram bandas que ninguém acredita que tocaram em Catanduva. Eram bandas que vinham ao Brasil, sim, mas para tocar em capitais”, recorda Valadares, que vê este fator como uma boa contribuição para essa cultura que se perpetua até hoje na cidade.
 
RUA BABILÔNIA  
 
Para o professor e jornalista, o rock é um estilo de vida que moldou sua personalidade e modo de pensar. “Sempre sonhei em ter uma banda e em abril de 2018 surgiu a Rua Babilônia, onde procuramos fazer um rock'n'roll com uma energia punk rock falando sobre temas do imaginário de todo fã desse estilo”, conta. 
 
Na sua criação, a banda era composta por Zé Valadares, no vocal; Rogério Terron, na guitarra; Ricardo Pereira, no contrabaixo; e Caveira, na bateria. Porém, a formação atual tem algumas mudanças com Zé Dotto no contrabaixo e André Mendes como baterista. O trabalho atual da banda, o single “Céu ou Inferno”, está disponível nas plataformas digitais.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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