Waldemar Prieto, ícone da aviação em Catanduva, morre aos 91 anos
Sua história se entrelaça de tal forma com a carreira pela qual se apaixonou que uma das aeronaves do aeroclube leva seu nome
Foto: André Dias - Waldemar Prieto gostava de aviação desde a infância e, já nos anos 50, era piloto de aeronaves
Por Guilherme Gandini | 20 de janeiro, 2023

Baluarte da aviação em Catanduva, piloto mais experiente da cidade, com mais de 15 mil horas de voo e instrutor ao longo de décadas, inspirando várias gerações. Este foi Waldemar Prieto, que faleceu nesta quarta-feira, aos 91 anos. O velório foi realizado no Hangar 01 do Aeroclube de Catanduva e o sepultamento no Cemitério Nossa Senhora do Carmo, no Centro.

Em entrevista concedida ao jornal O Regional em 2017, no Dia do Aviador, ele contou que desde moleque gostava de aviação e que, já nos anos 50, era piloto de aeronaves. “Eu morava no sítio e via o avião, pegava a bicicleta e vinha correndo no campo da aviação. Com muito custo ganhei uma bolsa e fiz o curso de piloto privado e com o tempo fui dando instrução”, disse.

Ele confidenciou, na ocasião, que a paixão pela aviação foi aumentando com o passar dos anos. “É um hobby muito gostoso e muito bonito. É viciante de verdade.” O gosto passou para seu filho, Waldemar Prieto Júnior, suboficial da Academia da Força Aérea e ex-integrante da Esquadrilha da Fumaça, assim como para o neto Guilherme Henrique Prieto e um sobrinho.

Aliás, a história de Waldemar Prieto se entrelaça de tal forma com a da própria aviação em Catanduva que uma das aeronaves do Aeroclube leva seu nome. É um modelo Paulistinha P56-C, fabricado em 1964 e adquirido pelo Aeroclube naquela mesma década. O exemplar, raro de ser encontrado de maneira tão preservada, tem condições operacionais ainda hoje.

“É uma satisfação muito boa. A aviação é algo que eu sempre gostei. E esse sempre foi um avião que gostei. Aprendi nele, dei muitos anos de instrução de voo nele, então é uma grande satisfação para mim”, comentou o experiente piloto, na entrevista concedida há cinco anos.

Em nota, o Aeroclube de Catanduva manifestou o seu pesar e afirmou que o aviador, após o “seu voo sem volta”, deixará saudades. “Waldemar Prieto escreveu belas páginas da história da Aviação em Catanduva e deixa uma grande saudade em nossos corações apaixonados pela arte de voar. Que Deus o receba para o seu mais lindo voo e console a família neste momento de dor.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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