Os casos de esporotricose têm aumentado em Catanduva. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde, que tem realizado busca ativa por animais doentes e chegou a mapear dez regiões da cidade onde há colônias com felinos contaminados. Do começo do ano até agora, 12 animais com suspeita da doença foram recolhidos para exames e tratamento.
A esporotricose é uma zoonose causada por fungos e que pode afetar pessoas e animais, especialmente gatos. A doença provoca lesões profundas na pele dos felinos e se espalham rapidamente, sendo transmissível entre animais e seres humanos.
A médica veterinária integrativa Melissa Bueno alerta que a esporotricose pode causar uma doença sistêmica, ou seja, em todo o corpo do animal, uma vez que atinge os linfonodos. A infeção é direta e causa lesões na cabeça, dorso e patas, podendo conter líquido e pus.
“É transmitida rapidamente para o ser humano. O tratamento é longo e implica no uso de altas doses de antifúngicos”, cita a especialista, que ressalta a importância das terapias integrativas no tratamento. “Além das medicações alopáticas, existem outras que podem ajudar, como fitoterapias e homeopatias. São terapias integrativas que ajudam o animal doente a se recuperar com mais agilidade, pois ajudam na imunidade e no equilíbrio sistêmico”, detalha.
Ela orienta qualquer pessoa a acionar a Unidade de Vigilância em Zoonoses caso veja animais doentes, com feridas, soltos nas ruas – principalmente gatos. “Se o tutor notar que seu gato apresenta uma ferida que não sara, leve-o rapidamente ao veterinário para avaliação e realização de exames, que vão confirmar ou não a doença”, frisa Melissa.
Ela ainda alerta que a esporotricose não é sinônimo de maus-tratos ou abandono aos animais doentes. A doença tem cura. “Não precisa maltratar um gato doente que está na rua. É só acionar o Centro de Zoonoses para tratamento. O tutor também não deve abandoná-lo.”
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