No mês de agosto, o Crecisp realizou estudo com 2.034 imobiliárias de todo o Estado de SP, com o intuito de revelar como estão as vendas e locações de casas e apartamentos residenciais usados. O levantamento mostrou que, na comparação com julho, houve queda de 10,94% no volume de vendas e alta de 11,17% nas locações.
Somados, os financiamentos concedidos pela Caixa (48,8%) e demais bancos (14%) responderam por 62,7% dos negócios realizados em agosto. Na sequência, vieram as vendas à vista, com 21%, os negócios parcelados pelos proprietários, com 14%, e as transações por consórcios, 2,3%.
A Pesquisa Crecisp registrou que 43% das vendas eram de casas e 57% de apartamentos, de acordo com as imobiliárias consultadas. Os compradores buscaram, preferencialmente, por imóveis na faixa de preço entre R$ 200 mil e R$ 300 mil.
Tanto as casas quanto os apartamentos mais vendidos no período tinham dois dormitórios e no que se refere à área útil, ela variou entre 50 m² e 100 m² para casas e até 50m² para apartamentos. A maioria dos imóveis negociados (48,8%) estava na periferia das cidades.
O presidente do Crecisp, José Augusto Viana Neto, explicou que, no setor de vendas, os números mostram que o mercado ainda enfrenta desafios. “Após um início de ano difícil, com quedas expressivas em janeiro (-23,82%) e março (-7,01%), houve sinais de recuperação em abril (+16,20%) e maio (+11,91%). No entanto, essa retomada não foi suficiente para sustentar o crescimento, já que junho, julho e agosto voltaram a registrar retrações”, lamentou.
O acumulado até agosto indica queda de -13,65%, mostrando que fatores como o custo do crédito e a cautela dos consumidores ainda impactam diretamente as negociações.
Já no mercado de locações, o desempenho foi bem mais favorável. O ano começou com leve retração em janeiro (-3,53%), mas rapidamente a curva se inverteu, com forte alta em fevereiro (+27,60%) e resultados positivos em abril (+7,54%) e agosto (+11,17%).
“Apesar de quedas pontuais em março, maio e julho, o setor conseguiu sustentar crescimento contínuo, alcançando +17,41% no acumulado do ano. Isso reforça a tendência de que a locação tem sido a opção mais viável e procurada, especialmente diante das incertezas econômicas.”
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