Oito gatos, sob cuidados na Unidade de Vigilância em Zoonoses de Catanduva, estão curados da esporotricose. A doença se caracteriza por feridas na pele que costumam evoluir rapidamente e até levar à morte. Além deles, outros 30 felinos estão em tratamento no núcleo mantido pela Secretaria Municipal de Saúde como reflexo de surto recente vivenciado no município.
Conhecida como doença do jardineiro, a esporotricose é causada por um fungo. O animal mais exposto é o gato, mas ela também pode acometer cães e outros animais. Diante da evolução rápida, é primordial o diagnóstico precoce para que o tratamento seja iniciado o quanto antes.
Balanço da Secretaria de Saúde aponta que, do começo do ano até agora, a equipe da Unidade de Vigilância em Zoonoses recolheu 105 gatos doentes das ruas. Entre eles, 75 exames deram positivo para a doença e 30 negativo. Os animais são levados para ala restrita, onde permanecem sob cuidados veterinários e, inclusive, recebem medicação oral – antifúngico. O tratamento leva em torno de dois meses, podendo chegar a um ano, seguido por mais um período de observação.
Recentemente, a Prefeitura investiu na aquisição de cinco novas gatoeiras, usadas como armadilhas para recolher animais doentes das ruas, e mais 27 gaiolas, que comportam até 55 animais. Com isso, uma nova ala para acolher gatos com esporotricose foi montada.
Nos casos em que a doença avança para a cura, os animais são devolvidos à comunidade, já que eles recebem cuidados dos próprios moradores por viverem nas ruas. Nesse tipo de situação, segundo a Secretaria de Saúde, o morador assina documento de posse responsável.
NÚMEROS EM QUEDA
Atualmente, a Unidade de Vigilância em Zoonoses tem registrado diminuição nos chamados para recolher gatos com suspeita de esporotricose. “Essa condição fortalece a tese de que o período de maior disseminação da doença tenha sido superado. Apesar disso, permanecemos em alerta”, ressalta o secretário municipal de Saúde, Adriano de Araújo.
Ele alerta os tutores a ficarem atentos ao aparecimento de nódulos ou feridas, principalmente na região de focinhos dos gatos, patas e caudas, e levarem o animal à avaliação veterinária, se necessário.
ADOÇÃO
A Unidade de Vigilância em Zoonoses também mantém 24 gatos e 20 cachorros aptos à adoção. Neste caso, é preciso entrar em contato pelo telefone 17 3524-2445 e agendar visita ao local.
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