Transplantes no Hospital de Base cresceram 108% na última década
Unidade inaugurada em 2011 possui instalações comparáveis às dos principais centros nacionais e internacionais
Foto: Divulgação - Hospital de Base é referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos
Por Da Reportagem Local | 31 de janeiro, 2024

O número de transplantes realizados no Hospital de Base de São José do Rio Preto cresceu 108% nos últimos 10 anos. Esse aumento acompanha o apontado pelo Ministério da Saúde, em dados publicados no último dia 5. Segundo o órgão, em 2023, o resultado foi o melhor dos últimos dez anos: entre janeiro e setembro, 6.766 transplantes foram realizados em todo o país.

O HB é referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos, tendo realizado cerca de 6.800 procedimentos desde o início de suas atividades, em 1990. Atualmente o hospital realiza transplantes de córnea, fígado, medula óssea, rim e coração (em crianças).

No período de janeiro a dezembro de 2013, foram realizados 199 transplantes no HB, enquanto que, em 2023, foram 414 cirurgias. Das 3.456 cirurgias na última década, a medula óssea é o tecido mais transplantado com 1.175 procedimentos. Em segundo e terceiro lugares, aparecem o rim (1.122) e a córnea (562), respectivamente.

O diretor executivo da Fundação Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Funfarme), Jorge Fares, celebra os números crescentes. “A importância desse notável aumento vai além das estatísticas. Impacta diretamente as famílias que enfrentam desafios de saúde, oferecendo esperança e a possibilidade de um recomeço. Além disso, fortalece a reputação do Hospital de Base como uma referência em transplantes na região, atraindo pacientes de diversas localidades em busca de tratamento especializado e de alta qualidade”, diz.

Mario Abbud, nefrologista de transplante e diretor do Centro de Transplantes de Órgãos do HB, destaca os motivos da alta. “O aumento nos transplantes é consequência do represamento de pacientes que ficaram na lista de espera durante a pandemia. Então, com a retomada dos transplantes pós-pandemia, os centros de transplantes tiveram que aumentar muita sua atividade. Assim sendo, o HB, que atende uma região administrativa muito grande, se dedicou a intensificar suas atividades em transplante para compensar essa fila represada durante a pandemia, por isso atingimos esses números tão positivos”, esclarece.

Inaugurada em 10 dezembro de 2011, a Unidade de Transplantes de Órgãos e Tecidos do HB possui instalações comparáveis às dos principais centros nacionais e internacionais, ocupa área de 800 m², no 8° andar, e conta com 14 leitos para pacientes transplantados de rim ou fígado.

VIDA NOVA

Fernanda Aline Correia, de 35 anos, foi uma das pacientes que teve a vida transformada após realizar um transplante de rim no HB, em 2021. A história dela começa em 2014, quando descobriu alterações no nível de creatinina durante exames de rotina na ginecologista e acabou sendo encaminhada a um nefrologista, que descobriu que o órgão estava com apenas 40% das funcionalidades.

“Eu fui no nefrologista e comecei um tratamento com medicamentos para o rim. Mas lá para 2019, esses medicamentos passaram a não fazerem mais efeito e meu rim foi perdendo a funcionalidade pouco a pouco. Era difícil andar, abaixar e até falar. Em pouco tempo meu médico indicou que eu precisava começar a fazer hemodiálise com urgência, pois meu rim estava acumulando líquido”.

Foram cerca de dois anos realizando hemodiálise. Fernanda lembra das dificuldades enquanto fazia o procedimento e a mudança em sua vida, quando em 5 de janeiro de 2021, realizou o transplante de rim no Hospital de Base de Rio Preto.

“Foi a mudança mais radical que tive em minha vida. Eu cheguei a pesar menos de 50 quilos e não podia beber água durante a hemodiálise. Desde que fiz o transplante, meu corpo teve uma mudança completa: hoje peso 63 quilos, meus hormônios, corpo e intestino funcionam perfeitamente e bebo em torno de 4,5 litros de água por dia. Sou muito grata ao Hospital de Base pelo tratamento, pois hoje consigo ter a vida de uma pessoa normal”, finaliza.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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