Sindicato da Saúde agenda assembleia geral sobre piso da Enfermagem
São convocados enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além das parteiras
Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL - Ministro Luís Roberto Barroso fixou prazo de 60 dias para esclarecimentos
Por Guilherme Gandini | 06 de setembro, 2022
 
 

O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Catanduva agendou para a próxima sexta-feira, dia 9, às 18 horas, na sede da própria entidade, assembleia geral com os trabalhadores para debater questões relacionadas ao piso salarial nacional da Enfermagem.  

No domingo, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu o piso e deu prazo de 60 dias para entes públicos e privados da saúde esclarecerem o impacto financeiro, riscos para empregabilidade no setor e eventual redução na qualidade dos serviços.  

“Já que o Ministro do STF está tão preocupado com a qualidade do serviço de saúde, vamos mostrar a ele que ele terá sim que se preocupar, afinal, a categoria fará Assembleia e decidirá o rumo a ser tomado daqui pra frente”, diz panfleto distribuído ontem pelo Sindicato da Saúde.  

A mobilização está sendo feita por diversos sindicatos da categoria do país. Em Rio Preto, há expectativa de paralisação das atividades por 24 horas, na sexta-feira. São convocados para a assembleia enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, além das parteiras.  

“A classe trabalhadora tem 100% de razão, é uma reivindicação antiga, é uma classe que luta, que merece respeito, são profissionais qualificados que vivem salvando vidas e o ambiente hospitalar não é fácil”, comenta o presidente do sindicato, José Vendramini.  

Entretanto, ele pondera que o governo federal não deu qualquer tipo de contrapartida para as organizações de saúde sustentarem o aumento salarial, nem mesmo o reajuste da tabela do SUS, dificultando a situação econômica sobretudo das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.  

“A gente reivindica que é uma luta do trabalhador, mas temos conhecimento das dificuldades que os hospitais que atendem SUS atravessam. Então vamos discutir essas coisas, também sobre passeatas e abaixo-assinados. Vamos ouvir os trabalhadores quais os caminhos a seguir”, frisa.  

PISO EM ESPERA  

Conforme noticiado por O Regional na última sexta-feira, 2, a Fundação Padre Albino, a Unimed Catanduva e o Hospital Mahatma Gandhi, três principais organizações de saúde da cidade, não reajustaram o piso da Enfermagem, mesmo depois de 30 dias com a legislação em vigor.  

As instituições afirmaram que aguardariam justamente a decisão judicial sobre o tema, tendo em vista a ação direta de inconstitucionalidade movida pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde), em curso no Supremo Tribunal Federal. 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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