Catanduva foi um dos 12 municípios selecionados para apresentar experiências bem-sucedidas no combate à dengue durante a Mostra de Experiências Exitosas, realizada na quinta-feira, 26, em São José do Rio Preto. A escolha foi feita entre cerca de 70 cidades que integram a regional de saúde (GVE 29), o que reforça a representatividade do município no enfrentamento ao Aedes.

Além de Catanduva, apresentaram seus trabalhos os municípios de Fernandópolis, Guapiaçu, Mendonça, Palmeira D’Oeste, Rubinéia, Sales, Santa Rita D’Oeste, São João de Iracema, Votuporanga e São José do Rio Preto, com dois projetos expostos.

Durante o evento, a equipe da Secretaria Municipal de Saúde compartilhou as ações integradas que resultaram na redução expressiva do Índice de Breteau, indicador que mede a presença do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

De acordo com o setor, entre janeiro e abril de 2025, foram realizadas 65.951 vistorias domiciliares no município: 53.755 pela Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegypti (EMCAa) e 12.196 pelos Agentes Comunitários de Saúde. Também foram contabilizadas 13.278 nebulizações, executadas em parceria entre a EMCAa e empresa terceirizada.

Outra frente viabilizou a remoção de criadouros ao ar livre, com média de 1.250 kg de entulhos por semana, somando 18.750 kg de materiais eliminados no período.

A Prefeitura de Catanduva também firmou parceria com a FIOCRUZ, instalando 3.000 EDLs (Estações Disseminadoras de Larvicida) em mais de 40 bairros, o que ampliou a cobertura do controle biológico do vetor.

As ações de educação e mobilização social também foram constantes, com campanhas informativas realizadas pela própria equipe de Agentes de Combate às Endemias, com apoio dos Agentes Comunitários de Saúde e veiculação diária nos canais oficiais da Prefeitura.

A tecnologia também tem papel de destaque. Em parceria com o IFSP – Campus Catanduva, foi desenvolvido o aplicativo DengueAlert, ainda em fase experimental. A ferramenta permite: geolocalização de casos; denúncias de focos por moradores; alertas preventivos; e uso de inteligência artificial para cruzamento de dados e antecipação de possíveis quadros graves.