O Rotary Club de Catanduva Norte realiza a campanha Hepatite Zero - Projeto Mundial de Erradicação nesta terça-feira, dia 23 de julho, das 7 às 14 horas, no Terminal Urbano Dr. Gerson de Camargo Gabas. Será realizada testagem para a doença, com abordagem de todas as pessoas a partir de 18 anos. O procedimento é rápido, seguro e de graça.
“O Programa Hepatite Zero é um programa que o Rotary abraçou e vai ao encontro do Plano Nacional para Eliminação da Hepatite até o ano de 2030. Para isso, é necessário testar a população e, em caso positivo, enviar para tratamento”, explica Márcio Rodrigues, presidente do Rotary Club de Catanduva, frisando que a ação tem apoio da Secretaria de Saúde e Unifipa.
O teste rápido da hepatite é feito a partir de uma simples picada no dedo e o resultado sai em cerca de 30 minutos. Em Catanduva, no ano passado, foram registrados 11 casos de hepatite B e 16 de hepatite C. Neste ano, até agora, são 17 registros de hepatite C e dois de hepatite B.
As hepatites virais são grave problema de saúde pública. São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Mas podem se manifestar pelo cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
Mais de dois milhões de brasileiros têm a doença e não sabem e cerca de três mil pessoas morrem por dia, no mundo, em decorrência da hepatite. Por isso, as testagens são tão importantes. Além disso, 80% das cirroses e dos cânceres de fígado vêm das hepatites B e C. O que muitas pessoas não sabem é que existe tratamento e que o mesmo é oferecido pelo SUS.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte) e da hepatite E, menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e Ásia.
As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhece ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico.
O avanço da infecção compromete o fígado, sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.
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