Respirar pela boca durante o sono pode ocasionar problemas bucais
Coordenador do curso de Odontologia da Anhanguera apresenta as consequências da respiração bucal ao dormir
Foto: DIVULGAÇÃO - Postura incorreta durante o processo de inspiração e expiração, sem a vedação labial, acarreta problemas
Por Da Reportagem Local | 02 de novembro, 2022

Um hábito comum que representa um possível risco para a saúde bucal: dormir de boca aberta, além de alterar a qualidade do sono, pode enfraquecer os músculos orofaciais, provocar problemas nos dentes e comprometer o desenvolvimento ósseo dos maxilares.

Rinites alérgicas e síndromes que causam a respiração oral são alguns dos fatores que contribuem para esse quadro em adultos e em crianças. Especialistas indicam que o diagnóstico precoce de sintomas aumenta os resultados de diferentes tipos de tratamentos.

De acordo com o coordenador do curso de Odontologia da Faculdade Anhanguera, professor Ezequiel Ortiz Rosa, a entrada de ar pela boca diminui a produção de saliva durante o repouso e resseca a língua e as mucosas, o que cria o ambiente ideal para a proliferação de bactérias.

“Com o aumento de microrganismos, é mais provável que a pessoa nessa situação sofra com o risco de cáries, desmineralização do esmalte, lesões dentárias e mau hálito”, afirma o docente.

Em casos graves, a respiração oral por longos períodos pode causar a má formação dos maxilares. A postura incorreta durante o processo de inspiração e expiração, sem a vedação labial, acarreta enfraquecimento dos músculos do lábio superior e tem influência negativa no processo de mastigação e na estética facial. O problema é ainda mais grave em crianças, que estão em fase de crescimento e podem desenvolver alterações orofaciais.

TRATAMENTO

Os sinais de que uma pessoa está dormindo com a boca aberta podem ser identificados por sintomas como garganta seca ao acordar ou a recorrência em infecções como amigdalite e faringite.

O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde e o tratamento é realizado por uma equipe multidisciplinar, formada por um dentista ortodontista, que irá avaliar a necessidade de um aparelho ortodôntico, a fim de corrigir a mordida e a falta de espaço para o alinhamento dos dentes, e por um médico otorrinolaringologista.

As visitas ao consultório odontológico devem acontecer, no mínimo, a cada seis meses para acompanhar possíveis irregularidades na saúde bucal, podendo variar para um intervalo menor, dependendo do caso clínico.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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