Tradicionalmente utilizado para a reabilitação cardiovascular e muscular dos membros inferiores, o ciclo ergométrico ganha destaque também na terapia dos membros superiores, ampliando suas aplicações e promovendo ainda mais qualidade de vida aos idosos institucionalizadas no Recanto Monsenhor Albino.

Segundo o fisioterapeuta Fábio Pagliotto, o envelhecimento traz desafios, como perda de mobilidade, atrofia muscular e sarcopenia, condições que podem levar à fragilidade e dependência. Nesse contexto, o ciclo ergométrico se apresenta como ferramenta nas atividades fisioterápicas direcionadas aos membros superiores. “Quando utilizado de forma apropriada, ele contribui significativamente para a reabilitação e fortalecimento muscular, ajudando a minimizar as limitações impostas pelo envelhecimento”, afirma Fábio.

Os benefícios dessa prática incluem a melhora da mobilidade articular, aumento da capacidade cardiovascular e estímulo à coordenação motora. “Além disso, a socialização e interação promovidas pelas sessões em grupo são aspectos que favorecem a saúde mental e emocional, proporcionando bem-estar e maior qualidade de vida”, complementa.

No entanto, Fábio alerta para a necessidade de implementação cuidadosa do ciclo ergométrico para os membros superiores em pessoas idosas. Ele destaca que é essencial levar em consideração as condições de saúde individuais e as limitações físicas de cada um.

“Antes de iniciar o programa é fundamental realizar avaliação completa do estado de saúde, analisando aspectos cardiovasculares, articulares e musculares. Somente assim o fisioterapeuta poderá adaptar o treinamento às necessidades específicas de cada paciente, ajustando a intensidade, duração e frequência das sessões”, explica.

“Seu uso apropriado pode beneficiar tanto idosos institucionalizados quanto aqueles que vivem em suas residências, sendo opção relevante a ser considerada por profissionais da saúde e instituições voltadas ao cuidado dessa população”, ressaltou o profissional.