O câncer é uma das principais causas de morte no mundo e dados indicam que só em 2023 haverá cerca de 704 mil novos casos, 79 mil a mais que em 2022, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Segundo a publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil, o tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Para o oncologista do Centro de Oncologia Catanduva, Ugo Vicente, são dados alarmantes, pois mostram que as pessoas não estão priorizando a saúde.
“Para diminuir o diagnóstico de casos já em estágios mais avançados e, consequentemente, o número de óbitos, é necessário que as pessoas busquem acompanhamento médico, e que nestes seja avaliado a realização de exames para rastreamento de tumores em estágio inicial, propiciando um tratamento precoce e aumentando as chances de cura, quanto se atentarem à qualidade de vida e hábitos que interferem no surgimento da doença”, destaca.
Os principais exames de rastreamento que devem ser realizados regularmente, de acordo com indicação médica, são mamografia, exame ginecológico com coleta de citológico (Papanicolau), exame de próstata, colonoscopia e avaliação dermatológica.
Além disso, a visita regular a um médico oncologista deve ser considerada, pois as pessoas apenas procuram um especialista quando já têm a doença, sendo que, em muitos casos, poderia ter sido feito um diagnóstico mais precoce ou até ter sido evitada.
“Este é um assunto que sempre abordamos, mas que as pessoas não dão tanta importância: a prevenção. Uma grande parte dos casos de câncer está relacionada a fatores externos, como cigarro, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, alimentação não saudável, estresse, entre outros, ou seja, se a pessoa adotar hábitos saudáveis, suas chances de ter algum tipo de câncer podem diminuir consideravelmente”, ressalta.
Outro ponto importante que merece ser considerado, e que influencia bastante na taxa de mortalidade, é o tempo que existe entre o diagnóstico, o estadiamento e o tratamento. Assim, a necessidade de um acompanhamento especializado é fundamental para se aumentar as chances de cura e, em alguns casos, de sobrevida do paciente.
“Na última década, houve um aumento de 20% na incidência de casos de câncer. Precisamos continuar atentos e vigilantes, reforçando a importância da prevenção, com a adoção de hábitos saudáveis e realização dos exames de saúde em dia”, completa.
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