
O ar seco e a maior incidência de ventos aumentam os riscos das queimadas que trazem vários prejuízos à população. Do ponto de vista do fornecimento de energia elétrica, esse cenário também é motivo de preocupação, já que a dispersão das chamas em terrenos, matas e áreas de pastagens podem provocar interrupção de energia, inclusive para serviços essenciais.
Dados da Energisa Sul-Sudeste, que atende 15 municípios na região de Catanduva, apontam que em 2024 foram registradas 35 ocorrências de queimadas, causando a interrupção temporária no fornecimento de energia para mais de 2 mil clientes. Neste ano, antes mesmo da temporada mais crítica do período seco, já foram seis ocorrências e mais de 1,1 mil clientes impactados.
“Estamos há dias sem chuvas e a baixa umidade do ar torna o cenário propício para a rápida dispersão do fogo. Uma ponta de cigarro ou até mesmo um fósforo aceso em um terreno baldio ou às margens de uma rodovia, pode ser o princípio de um incêndio de grandes proporções”, enfatiza Mauricio Arantes, coordenador de Operações da Energisa Sul-Sudeste.
O gestor frisa que, mesmo que as chamas não atinjam diretamente a rede de energia, o calor intenso pode danificar cabos condutores, postes e outros componentes do sistema elétrico.
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