
Durante este mês de conscientização sobre a segurança no trânsito, o chamado Maio Amarelo, o estado de São Paulo comemora a emissão de 70 mil Identificações Veiculares TEA (Transtorno do Espectro Autista), aumento de mais de 700% em comparação com maio de 2024, um mês após o lançamento da iniciativa. O número representa 68% dos 103 mil cidadãos cadastrados com a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA).
Em Catanduva, de acordo com informações da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), desde o início das emissões da CipTEA, em abril de 2023, foram emitidas 114 carteiras no município. Além dessas, a Coordenadoria Municipal de Inclusão Social emitiu outras 155, somando 269 carteiras sendo utilizadas pelos catanduvenses. Já as identificações veiculares, implementadas pelo governo estadual em abril de 2024, somam 44.
A emissão da CipTEA é realizada de forma digital, por meio do portal ciptea.sp.gov.br, desenvolvido pela Prodesp, ou presencialmente nos mais de 240 postos do Poupatempo, nos serviços eletrônicos. Na região, o Poupatempo de São José do Rio Preto é uma das unidades que contam com sala sensorial, espaço para atendimento de pessoas neurodivergentes, em especial pessoas autistas, com abafadores de sons para reduzir estímulos sensoriais e evitar estresse.
Já para obter o adesivo de Identificação Veicular TEA, que serve como alerta visual para os demais motoristas, informando que naquele veículo há uma pessoa com autismo, é necessário que a pessoa esteja vinculada à CipTEA. Ao realizar essa vinculação, um QR Code é gerado, garantindo a autenticidade do documento. A aplicação da tecnologia também colabora para evitar o uso indevido do recurso, reforçando a seriedade e a credibilidade da ação.
Com a frase “Pessoa com autismo a bordo. Seja gentil, não buzine.”, a campanha busca reduzir situações que possam desencadear crises sensoriais, comuns entre pessoas com hipersensibilidade auditiva — uma das características frequentes no espectro autista.
“Uma das possibilidades do autismo é a ansiedade desencadeada por estímulos sensoriais, como o som da buzina. Em meio ao trânsito hostil de grandes cidades, como São Paulo, o selo de identificação veicular TEA é um lembrete sobre a gentileza e o respeito às diferenças”, destacou Marcos da Costa, secretário de estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
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