Puxada pelo temor da alta da inflação nos Estados Unidos, a bolsa de valores teve a maior queda em duas semanas, após três altas consecutivas. O dólar fechou em baixa, mas teve a primeira alta semanal desde o início de maio.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 111.102 pontos, com queda de 1,15%. Esse foi o maior recuo diário desde 18 de maio, quando o indicador tinha caído 2,3%. A bolsa de valores fechou a semana com queda de 0,75%, a primeira baixa depois de três semanas de ganhos.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (3) vendido a R$ 4,779, com recuo de R$ 0,01 (-0,2%). A cotação teve um dia volátil, chegando a R$ 4,83 pouco antes das 10h, impulsionada pela divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos. No entanto, investidores aproveitaram o valor alto para venderam a moeda, empurrando a cotação para baixo durante a tarde.
Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana subiu 0,83% na semana. Essa foi a primeira alta desde a primeira semana de maio. Em 2022, a divisa acumula queda de 14,28%.
Contribuiu para a instabilidade no mercado internacional a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Em maio, a maior economia do planeta criou 390 mil empregos, número superior às expectativas.
O bom desempenho do emprego aumentou os receios de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros mais que o previsto para segurar a inflação nos Estados Unidos, que está no maior nível em 40 anos. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
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