A discussão levantada pelo jornal O Regional na edição de domingo sobre mudança de comportamento e medicina preventiva, com participação de vários profissionais de saúde, é reforçada, agora, pela psicóloga Juliana Fumagalli. Ela defende a substituição da tradicional lista de resoluções ou promessas feitas no início de cada ano por uma lista de bons hábitos.
Juliana diz que objetivos e metas são grandes e exigem esforço, enquanto os hábitos são pequenos e automáticos. “Começar com pouco e manter este pouco, isto é uma meta alcançável, logo torna-se hábito. Assim funciona com a alimentação e o autocuidado”, garante.
A especialista comenta que, para iniciar a atividade física, o ideal é começar com 20 minutos de exercício diário por dois meses e só depois aumentar para 40 minutos e assim por diante. “Buscar um planejamento para a saúde física é importante para poder adotar novos hábitos. Depois que a mudança é feita, podemos passar para comportamentos mais desafiadores.”
Ela lembra que o café da manhã, que muitos acreditam que sirva para nos despertar, na realidade é um hábito. “Assim podemos fazer com nossa saúde, o sono e também nossas emoções. Mude seus hábitos e mudará sua vida”, sugere a profissional.
Juliana afirma que o desejo de um novo ano depende do autocuidado. “Criar resoluções de Ano Novo não é uma coisa ruim, mas precisamos fazer um trabalho melhor para dar uma chance às nossas resoluções. Construir hábitos melhores pode garantir que nossas metas e nossa autoestima e nossa saúde permaneçam estáveis ao longo do ano.”
PSICOTERAPIA
O acompanhamento psicológico é, segundo Juliana Fumagalli, uma aliada poderosa para quem deseja melhorar questões emocionais, sendo importante na vida de qualquer pessoa.
“O paciente poderá ter um enorme auxílio durante momentos em que sofre com uma grande aflição, tristeza ou preocupação, sintomas de doenças não diagnosticadas, que pode vir a atrapalhar a qualidade de vida”, explica.
Além disso, diz ela, a orientação psicológica é essencial para quem busca autoconhecimento e deseja entender melhor as questões da vida, de modo que não seja tão afetado por elas.
“Todo mundo, em algum momento da vida, deveria passar por sessões de tratamento psicológico, mas a realidade é bem diferente da teoria. Há muitas pessoas que necessitam, neste exato momento, de uma ajuda profissional psicológica, mas não buscam por ela por muitos fatores, sendo o principal deles a questão do preconceito e da vergonha”, lamenta.
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