Pesquisadora orienta sobre violência e abuso sexual infantil
Foto: Comunicação/FPA - Educadora destacou que violência sexual infantil pode não deixar marcas físicas
Andreza Marques de Castro Leão participou da Semana da Psicologia da Unifipa, realizada na semana passada
Por Da Reportagem Local | 03 de setembro, 2025

A Semana da Psicologia da Unifipa trouxe à tona tema delicado e de extrema relevância social: “Violência e abuso sexual contra crianças e adolescentes”. O encontro reuniu alunos dos cursos de Psicologia e Direito da instituição, estudantes de outras universidades, além de profissionais da psicologia e da área social, em programação que foi encerrada no último sábado, 30.

A temática foi abordada pela professora doutora Andreza Marques de Castro Leão, docente permanente do Programa de Pós-graduação em Educação Sexual da Unesp/Araraquara e pesquisadora nível II do CNPq. Em sua palestra, a pesquisadora destacou que a violência sexual infantil, em muitos casos, é invisível. “A violência sexual infantil geralmente não deixa marcas físicas; por isso é mais difícil de ser percebida”, alertou.

Ela explicou que a violência pode se manifestar em duas esferas: abuso sexual – com ou sem contato físico – e exploração sexual. Chamou ainda a atenção para práticas comuns no ambiente familiar que podem aumentar a vulnerabilidade das crianças. “Pais e familiares têm o hábito de beijar na boca de seus filhos. Isso torna a criança 40% mais vulnerável a aceitar um ato abusivo por outra pessoa, por considerar esse ato dos pais como normal.”

Segundo a professora, os abusadores podem estar nas esferas intrafamiliar, institucional e extrafamiliar, sendo que a maioria dos casos ocorre dentro de casa ou em locais próximos à residência. O vínculo afetivo e de dependência com os agressores dificulta a denúncia e a quebra do silêncio. “O medo de ser castigada faz com que a violência seja mantida em segredo.”

Para a pesquisadora é fundamental que pais, educadores e profissionais da saúde estejam atentos a sinais físicos, comportamentais e cognitivos que possam indicar abuso. “A criança precisa aprender que não importa quem seja: pediu segredo e tocou em seu corpo, isso não é legal. Para a educação infantil é preciso reforçar os três Rs: reconhecer um abusador, recusar qualquer coisa que venha de estranhos e recorrer a alguém de confiança.”

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Da Reportagem Local
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