Otorrino explica como a baixa umidade do ar causa doenças respiratórias
Evandro Marton afirma que o nariz precisa de ar quente, úmido e limpo, mas que nesta época acontece exatamente o contrário
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Para melhorar a saúde durante esta época, é indicada a limpeza com pano úmido, sem varrer a casa
Por Da Reportagem Local | 23 de maio, 2023

A presença do ar frio de origem polar sobre o estado de São Paulo reduziu o nível de umidade do ar, além da queda da temperatura. A tendência é de tardes mais secas com a aproximação do inverno, quando as chuvas ficam mais escassas. Além disso, a região de Catanduva tende a sofrer com queimadas em terrenos, tanto nas áreas rurais quanto urbanas.

A situação é desagradável para todos, principalmente para idosos e crianças, seja pelo nariz que arde, a pele que resseca ou a garganta que tende a ficar irritada. O médico otorrinolaringologista, Evandro Marton, explica que o nariz precisa de ar quente, úmido e limpo, mas que nesta época acontece exatamente o contrário.

“Temos a poluição natural, que quando associada a isso o ar fica mais frio e também fica mais seco. Com isso acabam surgindo algumas doenças que são muito comuns dessa época, como a piora da rinite, o resfriado comum, que junto com a mudança o clima é favorecido também pela aglomeração, que a gente tende a deixar portas e janelas mais fechadas, pessoas mais aglomeradas por conta do frio e para tentar se aquecer”, explica o especialista.

Marton diz que isso acaba predispondo quadros de sinusite e piora respiratória como um todo. “Os pacientes que têm polipose podem ter piora da parte respiratória, pacientes que às vezes acabam descobrindo desvio de septo que não tinham, justamente por uma piora do nariz e durante a avaliação a gente nota essas alterações. Fora outras doenças que também são favorecidas. Então a gente respirando pior pelo nariz acaba favorecendo doenças da faringe, laringe e amígdala, justamente por respirar um pouco mais pela boca, que não é nossa via natural.”

Para melhorar a saúde durante esta época, é indicado fazer a limpeza frequente com pano úmido, sem varrer a casa, evitando ainda mais poeira. Além disso, a renovação do ar é imprescindível. Deve-se tomar cuidado com cobertores e realizar sempre a lavagem nasal, indicada pelo médico para ser feita durante o ano todo, mas principalmente nestes próximos meses de baixa umidade.

“A lavagem do nariz com soro fisiológico é ideal que o paciente faça de três a quatro vezes ao dia. É recomendado que o paciente, quando comprar o soro, deixe junto lá com sua escova de dente e no momento que escovar o dente já aproveite para lavar o nariz, fazendo disso um hábito. Se, ainda assim, fazendo tudo isso, tiver sintomas como dificuldade respiratória, coriza, espirro, sensação de secreção do nariz para a garganta, piora da respiração, dores de garganta e dor na face, é preciso procurar o médico o mais rápido possível para evitar que o caso se agrave ou se complique e conseguir resolver de uma maneira mais simples”, instrui.

Venda de umidificador aumenta 70%

Ainda devido ao tempo mais seco, a procura por umidificadores de ar cresce. O gerente comercial de uma rede de farmácias de Catanduva, Caio Vinicius Napoleão, conta que o produto tem sido procurado com frequência, registrando aumento superior a 70% em comparação com o mês de abril. “A gente já percebe o aumento da procura do produto, apesar de que muitas pessoas ainda também não fazem uso, mas a procura a gente nota que aumenta a cada ano”, diz.

Os preços e modelos variam, sendo possível encontrar aparelhos por R$ 179, com capacidade de 3,7 litros, por exemplo, tendo ainda opções voltadas para crianças.

“Trabalhamos também com algumas linhas infantis, com capacidade de 3 litros, saindo na faixa de R$ 149. Nós trabalhamos com alguns modelos que inclusive fazem o papel também de abajur, com iluminação de Led”, comenta o gerente.

Para quem não tem o equipamento, a tradicional dica de colocar uma bacia com água no quarto ou uma toalha molhada na cabeceira da cama pode ajudar.

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Da Reportagem Local
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