
A Polícia Civil de Catanduva deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Hélios para repressão às fraudes e furtos de energia na região. O nome da ação faz referência ao deus grego do Sol, símbolo da luz, da vigilância e da justiça, revelando o intuito de lançar luz sobre práticas criminosas antes invisíveis, como os furtos de cabos e as fraudes no consumo de energia elétrica.
Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e fiscalizados 46 imóveis, entre residências e estabelecimentos comerciais. A operação mobilizou 60 policiais da DIG/Dise de Catanduva e delegacias da região, 10 integrantes da Guarda Civil Municipal (GCM), seis peritos do Instituto de Criminalística, 15 técnicos das concessionárias Energisa e CPFL, envolvendo 32 viaturas.
Segundo a Polícia Civil, foram utilizadas informações obtidas em relatórios técnicos e inteligência policial para realizar vistorias simultâneas em áreas com alto índice de irregularidades. Como resultado, foram presos 6 indivíduos em flagrante, apreendidos materiais utilizados nas fraudes e identificadas 13 ligações clandestinas de energia, gerando 13 boletins de ocorrência.
Ao todo, 53 pessoas foram abordadas e/ou conduzidas para depoimento. Inquéritos foram instaurados para apuração das responsabilidades criminais e evidências técnicas foram coletadas para subsidiar a responsabilização penal dos envolvidos na sequência do trabalho policial.
Foram constatados furtos de 47.000 KW/h de energia elétrica, avaliados em aproximadamente R$ 37.000,00, energia suficiente para abastecer 170 residências por um mês.
“Fizemos a operação para coibir o furto de energia elétrica e também visando ao alto índice de subtração de fios de energia elétrica, aqueles fios de cobre, e visando também a receptação, ou seja, as pessoas que compram esses objetos que são produtos de furto, também estão sendo alvos dessa operação”, pontuou o delegado seccional João Lafayette Sanches Fernandes.
Ele lembrou que, além do prejuízo causado pela subtração às concessionárias de energia elétrica e à sociedade, também há o risco de morte que a pessoa que faz a liga clandestina corre.
“Tanto ele que está fazendo a ligação quanto seus familiares que residem nessas casas. Há risco de que essas casas deem curto-circuito e peguem fogo e essas pessoas virem a ficar machucadas. Além disso, esse curto-circuito pode dar um problema na transmissão da energia elétrica e pode prejudicar todo um bairro ou toda uma comunidade, que pode sofrer um apagão”, acrescenta.
A Operação Hélios segue para a fase de análise técnica e responsabilização formal dos autores dos delitos identificados, com a instauração de inquéritos policiais para apuração dos fatos.
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