Ser saudável não é uma decisão fácil para algumas pessoas, pois implica em mudar hábitos e se privar de determinados comportamentos. No caso da alimentação, optar por uma rotina equilibrada pode gerar estranhamento, porém não é preciso fazer uma dieta drástica para obter bons resultados para a saúde e evitar graves consequências no futuro.
A nutricionista Amanda Predrassoli explica que é possível manter alimentação saudável e equilibrada, mas é necessário saber fazer escolhas corretas e dedicar um tempo do dia para programar as refeições. “Pense sempre em otimizar seu tempo, para organizar e priorizar a ingestão de vegetais e alimentos saudáveis, limitando de forma significativa o consumo de produtos industrializados e ultraprocessados”, indicada a profissional, que é pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva.
Ainda que prático e muito presente no cotidiano do brasileiro, o consumo de produtos de indústrias, aqueles que já vêm prontos para consumo, potencializa os efeitos ao corpo, provocando inflamações e até obesidade. Segundo Amanda, apesar de ter se tornado tema recorrente na mídia, com diversas polêmicas e modas que para ela são passageiras, a alimentação saudável é algo simples. “Evitar sempre o consumo de alimentos ricos em substâncias químicas e produtos ultraprocessados, priorizando o consumo de alimentos mais in natura possível”, destaca.
Outro ponto abordado pela nutricionista é o desafio destes profissionais na conscientização de seus pacientes sobre a importância da prática de uma alimentação saudável. Para ela, a maior dificuldade é que nem todos conseguem enxergar a realidade e o contexto de cada paciente, seja econômica ou socialmente. “Por isso acredito que a escuta é a maior ferramenta entre o vínculo paciente e profissional, promovendo um atendimento inclusivo, onde o diálogo com o paciente ajudará a identificar a real situação de vida dele”, explica Amanda.
Ainda tendo em vista o cenário econômico e social em que o Brasil se encontra hoje, ela diz que existem meios para oferecer uma alimentação adequada aos brasileiros. “É possível criar estratégias para voltar a valorizar o consumo dos alimentos regionais e preparações tradicionais, promover o aumento da disponibilidade de alimentos adequados e saudáveis à população, buscar mecanismos para facilitar a prática habitual de atividade física e promover esses exercícios em espaços de convivência avenidas, parques e jardins”, descreve a nutricionista.
Caso contrário, as consequências podem ser graves, pois a alimentação não saudável pode ocasionar diversas doenças como diabetes, hipertensão, doenças pulmonares crônicas, câncer, depressão e ansiedade. Elas se desenvolvem ao decorrer da vida, de forma silenciosa e muitas vezes sem sintomas. Amanda conta que manter hábitos saudáveis garante um bom funcionamento do organismo e consequentemente previne o surgimento dessas doenças, além de auxiliar no tratamento de algumas patologias.
“A alimentação e a prática de exercícios físicos são fundamentais para uma saúde de qualidade dificultando o surgimento dessas doenças. O tratamento para doenças crônicas deve ser contínuo e seguido à risca para que o indivíduo viva de forma saudável e com longevidade, quanto antes descobrir melhor, por isso a importância de realizar exames frequentemente”, completa.
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