Nova variante acende alerta e baixa imunização em Catanduva preocupa
Primeira notificação da EG5, conhecida por Éris, veio do estado de São Paulo na última quinta-feira; pneumologista afirma que vacina é eficaz
Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil - A aplicação de doses de reforço contra a Covid em Catanduva também segue caindo
Por Da Reportagem Local | 22 de agosto, 2023

Uma nova subvariante da Covid-19 tem chamado a atenção das autoridades de saúde nas últimas semanas. A EG5, conhecida popularmente por Éris, é uma variante da Ômicron, atualmente o tipo mais comum de casos de Covid no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 51 países já registraram casos dessa nova cepa.

Segundo o Ministério da Saúde, a primeira notificação no Brasil veio do estado de São Paulo na noite de quinta-feira, 17. Trata -se de paciente do sexo feminino de 71 anos que reside na capital. Segundo o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde, ela já está curada, tendo apresentado os sintomas de febre, tosse, fadiga e dor de cabeça. Ela já estava com o esquema vacinal completo.

De acordo com a OMS, a nova cepa é considerada variante de interesse e possui mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune, tornando esta nova variante da Ômicron capaz de aumentar o número de casos mundialmente e se tornar a cepa predominante, substituindo a XBB 1.16, atualmente prevalente na maior parte dos países.

Apesar da possibilidade de alta transmissão, a OMS considerou a nova cepa como de baixo risco para a saúde pública em nível global, uma vez que não apresentou mudanças no padrão de gravidade da doença comparadas às demais.

Diante do cenário, a Sociedade Brasileira de Infectologia recomendou o uso de máscaras pela população de risco, como idosos, gestantes e imunodeprimidos em ambientes fechados, além de manter o calendário vacinal para Covid-19 atualizado com as doses de reforço recomendadas.

Segundo o médico pneumologista Pedro Macchione, embora as novas cepas e subvariantes não estejam incluídas em qualquer imunizante disponível, a vacina é a única forma para evitar complicações. “A vacina bivalente que nós temos disponível, ela já tem a Ômicron mãe, então mesmo não tendo proteção específica contra a subvariante, ela tem a proteção contra o núcleo do vírus principal, então elas são bastante eficientes e são a única arma que a gente dispõe. Portanto, todo mundo tem que colocar a mão na consciência e vacinar”, destaca.

EM CATANDUVA

Os números mostram que a população catanduvense deixou de procurar as unidades de saúde para se vacinar, completando seu esquema vacinal contra a Covid. O vacinômetro do Governo do Estado aponta que em Catanduva foram aplicadas, até 20 de agosto, 314.756 doses das vacinas contra a Covid. Ao todo, 107.805 catanduvenses receberam a primeira dose e 101.507 a segunda aplicação.

Já o reforço bivalente foi aplicado em 9.531 catanduvenses, ou seja, menos de 10% da população apta a se vacinar. A aplicação de doses de reforço também segue caindo. Apenas 66.284 pessoas receberam o primeiro reforço, 26.941 o segundo e apenas 96 o terceiro reforço contra o coronavírus.

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Redação de O Regional

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