A máscara de proteção deixou de ser obrigatória em ambientes fechados e ao ar livre, conforme anunciado pelo Governo do Estado na quinta-feira, 17. O uso do acessório tornou-se opcional em ambientes como escritórios, comércios, salas de aula, academias, entre outros.

Em entrevista ao Jornal O Regional, o pneumologista Marcelo Macchione, considera precipitada a liberação de máscaras em ambientes fechados. “Como já sabemos que a transmissão é por via respiratória, em locais abertos todos podem ficar sem máscara. Nos ambientes fechados ainda acho precoce dizer que é seguro deixar de usá-la. Depende muito do tipo de ambiente e do status vacinal do indivíduo.”

O médico pontua a importância do uso do acessório em grupos mais vulneráveis ao vírus. “Sem dúvida nenhuma os idosos, as crianças abaixo de 5 anos de idade, os portadores de doenças crônicas, os usuários de imunossupressores e os pacientes em quimioterapia e, com certeza, os indivíduos que não estão com o esquema vacinal completo (três doses) ou não tomaram vacina.”

No mesmo sentido, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou que a flexibilização de medidas protetivas contra a doença, como o uso de máscaras em locais fechados de forma irrestrita, é prematura.

Segundo o boletim do Observatório Covid-19 divulgado pela instituição, as próximas semanas serão fundamentais para entender a dinâmica de transmissão da doença. Ainda não é possível, diz o órgão, avaliar o efeito das festas e viagens no período do carnaval.

O boletim cita estudo recente que sugere que o uso de máscaras deve ser mantido por duas a dez semanas após a meta de cobertura vacinal ser atingida, entre 70% e 90%. Com o surgimento da variante Ômicron e sua maior capacidade de escape dos anticorpos, o boletim diz que as máscaras ficaram ainda mais importantes.