O Dia da Osteoporose foi celebrado na sexta-feira, 20, fazendo alusão a uma enfermidade silenciosa que acomete cerca de 10 milhões de brasileiros e causa a morte de 200 mil ao ano, segundo o Ministério da Saúde. Os números, no entanto, podem ser reduzidos com a adoção de hábitos saudáveis de vida, ressalta o médico ortopedista Wilson Abou Rejaili, do Austa Hospital.
“Ter estilo de vida saudável e saber mais sobre osteoporose são (fatores) muito importantes para se prevenir, pois ela é uma doença silenciosa e o primeiro sinal pode aparecer quando já está numa fase mais avançada. Costuma ser a fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco, a ponto de não suportar nenhum trauma ou esforço”, ressalta o especialista.
Com o avançar da idade, portanto, as pessoas devem estar mais atentas, sobretudo para sintomas como dor ou maior sensibilidade óssea, postura encurvada, dentes soltos, unhas quebradiças e redução da força muscular. Diante deles, Rejaili orienta a procurar o ortopedista.
O médico fará avaliação do histórico de vida do paciente e seu estado de saúde, podendo inclusive contar com o auxílio de exames para auxiliá-lo, sendo o indicado a densitometria óssea.
“Conhecemos a história do paciente e seus antecedentes, seus hábitos de vida e avaliamos sua saúde. E contamos com o auxílio da densitometria óssea por raios-x, exame não invasivo fundamental para o diagnóstico, que nos possibilita medir a densidade mineral do osso na coluna lombar e no fêmur para compará-la com valores de referência pré-estabelecidos”, explica.
Entre os fatores de risco que podem levar à osteoporose destacam-se o histórico familiar, ter pele branca e ser asiático; ter deficiência na produção de hormônios; usar medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento da epilepsia; alimentação deficiente em cálcio e vitamina D; baixa exposição à luz solar; imobilização e repouso prolongados; sedentarismo; tabagismo; consumo de álcool; certos tipos de câncer e doenças reumatológicas, endócrinas e hepáticas.
Segundo Rejaili, a ações de prevenção devem ser adotadas já desde a infância e, especialmente, na adolescência para garantir a formação da maior massa óssea possível. “É importante ingerir cálcio, tomar sol para fixar a vitamina D no organismo e fazer exercícios físicos, ações que devem se estender por toda a vida”, orienta o ortopedista do Austa Hospital.
Associado a estas ações preventivas, se necessário, o médico recomenda tratamento que envolve a ingestão de suplementos à base de vitaminas D e K2 para repor o cálcio e o boro. A atividade física, sobretudo, é fundamental, pois tem efeito protetor sobre o tônus e a massa muscular, que se reflete na melhora do equilíbrio e ajuda a evitar as quedas ao longo da vida.
Autor