Médico e ex-vereador Dr. Renato Frati morre aos 81 anos
Foto: Reprodução/Simples Assim - Renato Frati: ‘se eu tivesse outra vida, voltaria a ser médico’
Neurologista foi professor da Fameca/Unifipa, diretor regional de Saúde e realizou plantões em mais de 100 cidades
Por Guilherme Gandini | 15 de julho, 2025

Morreu nesta segunda-feira, 14, o médico neurologista Renato Frati. Professor da Faculdade de Medicina de Catanduva – Fameca/Unifipa desde 1969, contribuiu com a formação de novos profissionais da saúde e também se lançou à vida pública, tendo sido vereador em Catanduva.

Formado pela PUC-PR, no Paraná, especializou-se no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e se transferiu para Catanduva, em 1974. Quatro anos mais tarde, tornou-se um dos primeiros médicos da região a realizar especialização internacional, cursando pós-graduação na Universidade de Marselha, na França.

Além da carreira médica, teve forte atuação na saúde pública. Foi diretor técnico dos hospitais Padre Albino e Emílio Carlos em diversas gestões. Entre 1994 e 2000, exerceu o cargo de diretor regional de saúde da DIR‑22, coordenando políticas públicas para dezenas de municípios da macrorregião de São José do Rio Preto.

Apaixonado pela medicina, Frati atendeu em mais de 100 cidades da região, com destaque para Itajobi, sua terra natal, e trabalhou até a sexta-feira anterior ao seu falecimento.

“Não desista disso. A medicina é uma profissão maravilhosa. Se eu tivesse outra vida, voltaria a ser médico outra vez. Não desista, que Deus paga você bem melhor que o pagamento em dinheiro”, aconselhou, em entrevista ao programa Simples Assim, em 2018.

Ele também relembrou a admiração, ainda na infância, com os homens que andavam de branco, e que chegou a passar na faculdade de Odontologia, pela dificuldade na aprovação em Medicina, para conseguir cuidar das pessoas. “Mas não fui nem fazer matrícula, pois eu queria Medicina.”

Na vida política, foi eleito vereador de Catanduva na legislatura de 2008 e foi suplente de deputado estadual em 1998, pelo PSDB. Apaixonado também pelo esporte e pela cidade, presidiu o Grêmio Esportivo Catanduvense durante a década de 1980, período em que o clube viveu um de seus momentos mais áureos.

Frati foi médico, educador, gestor público e líder comunitário, fez da medicina um chamado, da política um canal de transformação, e da vida, um testemunho de compromisso com o outro. Ele deixou a esposa Maria Sílvia Cremonini Frati, quatro filhos e sete netos.

O velório será realizado no Cemitério Monsenhor Albino nesta terça-feira, das 7h30 às 12h, com sepultamento em Itajobi.

LUTO OFICIAL

Em sinal de respeito e reconhecimento à  trajetória do Dr. Renato Frati, o prefeito Padre Osvaldo assinou decreto de luto oficial de 3 dias no município. Do mesmo modo, o presidente da Câmara de Catanduva, Marcos Crippa, decretou luto oficial no Legislativo.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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