É celebrado neste domingo, dia 5, o Dia Nacional da Mamografia, um exame capaz de identificar alterações suspeitas nas mamas. Entre essas alterações está o câncer de mama. Por esse motivo, segundo o mastologista Eduardo Malaquias, o exame deve ser realizado anualmente a partir dos 40 anos a fim de, caso necessário, ter um tratamento mais eficaz.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que entre 2023 e 2025 são esperados 705 mil novos casos de câncer no Brasil. Para este triênio, as estimativas mostram que o câncer de mama será o segundo mais frequente, com incidência de 10,5%, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma, com 31,3%.

Eduardo explica que o câncer de mama é uma doença multifatorial. Há fatores de risco clássicos como: sexo, idade da primeira menstruação, data de nascimento do primeiro filho, amamentação, presença de história familiar para câncer de mama e ovário, uso de terapia de reposição hormonal e obesidade. Ele conta que há ainda inúmeros fatores de risco desconhecidos pela medicina, que também interferem no desenvolvimento desta doença.

“O câncer de mama quando diagnosticado na fase inicial tem alta taxa de cura. O diagnóstico tardio necessita de tratamentos mais agressivos e diminui a taxa de cura. O mesmo acontece com outros tumores”, afirma o especialista.

Quanto à possibilidade de homens desenvolverem câncer de mama, Eduardo diz que para cada 200 casos de câncer de mama em mulheres, apenas 1 caso é diagnosticado em homens. Logo, em virtude da baixa incidência no sexo masculino, homens não fazem mamografia de rotina, porém, havendo necessidade, eles também podem fazer o exame.

“A atividade física e alimentação saudável permitem manter o peso ideal e, diminuindo a obesidade, contribuem para uma vida mais saudável, inclusive diminuindo a chance de desenvolver o câncer de mama”, destaca o médico.

Eduardo ainda ressalta a importância do acompanhamento com um mastologista, que é o médico especialista na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama. “O mastologista também trata as doenças benignas das mamas”, acrescenta.