O Hospital Unimed São Domingos (HUSD) iniciou nesta quarta-feira, 13, a busca pelo reconhecimento da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que visa, por meio de padrões e requisitos previamente definidos, promover a qualidade e a segurança da assistência no setor de saúde. A etapa foi marcada por ato na Sala de Treinamento com a presença de diretores, conselheiros e gerentes.

Para uma organização ser acreditada ela deve, obrigatoriamente, atender aos padrões estabelecidos pela ONA, que são reconhecidos internacionalmente. Não se trata de uma avaliação fiscalizadora, mas sim um programa de educação continuada das organizações de saúde, visando à melhoria contínua.

Dessa forma, o HUSD espera receber a certificação para evidenciar a responsabilidade que é confiada à instituição, que atende não só Catanduva, mas também toda a região. No estado de São Paulo há cerca de 15 hospitais Unimed que possuem o selo e a meta é atingir este mesmo patamar, pois fará com que se tenha mais eficiência, qualidade na assistência e que o hospital reveja todos os processos.

O médico Fábio Macchione dos Santos, diretor de Desenvolvimento do HUSD, afirma que o objetivo é prestar o melhor atendimento de forma mais segura, humanizada e eficaz, entregando a qualidade que o paciente necessita em seu atendimento.

“Nós só conseguimos atingir esse objetivo se a gente preencher todos os inúmeros processos que vão se desenrolar ao longo de pelo menos 18 meses. Isso vai envolver todos os setores do hospital, desde a limpeza, segurança e alimentação, até os setores administrativos. Então, é um grande desafio. A diretoria da Unimed tem a convicção que a gente vai empenhar todos os esforços, a gente acredita muito na nossa equipe e a gente vai ter o resultado que a gente almeja”, projeta.

PREPARAÇÃO

Foi contratada consultoria especializada a fim de ajudar na adaptação do HUSD para alcançar os critérios da acreditação. No momento, o trabalho está na fase inicial, onde são levantadas as principais dificuldades, identificadas as questões em nível satisfatório e no que é necessário crescer.

A consultora Vânia Dias, de São José dos Campos, aponta que o hospital já investiu muito em tecnologia e que seu trabalho é o de ajustar itens de risco, melhorar protocolos assistenciais, medir desfechos e resultados para que, assim, o hospital entre no momento de se expor para a visita de acreditação preparado para ganhar realmente o selo.

“A gente vai avaliar os riscos dos processos, trabalhar a qualificação da equipe, mas principalmente trabalhar muito para fortalecer e melhorar a experiência das pessoas. Não só o bem-estar e a satisfação, mas que seja uma experiência rápida e menos custosa, tanto para o paciente quanto para a operadora e para o município”, esclarece.

Ela ainda diz que possuir o selo ONA faz com que toda a cadeia de fornecimento local precise se modificar, beneficiando a cidade e região, pois todos os envolvidos deverão mostrar estar qualificados para fornecer serviços ao hospital. Para Vânia, a Unimed Catanduva está no caminho muito próximo de garantir este selo. “Tem coisas que a gente precisa fazer como pequenas reformas e obras, além de alguma mudança de cultura, mas é um hospital que deveria ter entrado antes, essa é a verdade. Poderia ter feito isso já há mais tempo, mas é uma jornada certa. Não tem por que não entrar.”

MELHORIAS FEITAS

Na Farmácia do HUSD, as melhorias já vem sendo implantadas. Há dois anos o local não utiliza mais papel em seus procedimentos, como conta a coordenadora Priscila Capparelli. “Estamos investindo em tecnologia, então o que nos ajudou foi essa retirada total do papel, pois com isso temos economia e também otimizamos vários processos. Tudo é informatizado e digital, então a gente consegue ter melhoria em controle de estoque, dispensação de medicamentos, segurança com o paciente e isso ajuda muito no nosso processo do dia a dia, com segurança e rapidez”, explica.

Ela destaca também a questão ecológica, visto que o consumo do papel foi totalmente reduzido. “Esse papel todo ficava armazenado por um período e depois tinha que ser triturado, por conta da legislação, e hoje não temos mais isso. Tudo fica em nosso arquivo digital”, pontua a coordenadora.