Hospital realiza procedimento inédito para arritmia cardíaca na região
Saudável e praticante de atividade física, paciente foi surpreendido e teve alta hospitalar dois dias após a crioablação
Foto: Divulgação - Paciente descobriu que poderia ter a doença ao medir a pressão numa farmácia
Por Da Reportagem Local | 23 de julho, 2024

O IMC – Instituto de Moléstias Cardiovasculares, de São José do Rio Preto, realizou procedimento inédito na cidade, a crioablação. para tratamento de fibrilação atrial, tipo de arritmia cardíaca que se caracteriza por batimentos acelerados e irregulares do coração, que impactam na saúde do paciente, inclusive com risco de AVC e morte.

Mais de 20 milhões de pessoas sofrem da doença, resultando em mais de 320 mil mortes súbitas por ano, no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas.

A crioablação foi feita pela equipe do Grupo de Eletrofisiologia e Tratamento de Arritmias Cardíacas (Getac), coordenado pelo cardiologista e eletrofisiologista Adalberto Menezes Lorga Filho. O vendedor Percival Moyano de Pádua Junior, 57 anos, de Tanabi, foi submetido ao procedimento com sucesso na sexta-feira, 19, e dois dias depois já teve alta hospitalar.

A crioablação é o procedimento feito através de congelamento, no qual o eletrofisiologista utilizase da tecnologia por cateter balão, que resfria o tecido entre 50 e 70 graus negativos, eliminando os focos de arritmia.

Lorga Filho destaca que a crioablação é uma alternativa terapêutica ao procedimento normalmente utilizado com energia de radiofrequência. “Na crioablação, produzimos lesões circulares mais extensas ao redor dos ostios (orifícios) das veias pulmonares, que desembocam no átrio esquerdo, enquanto na ablação com radiofrequência as lesões são puntiformes, exigindo que façamos mais aplicações para atingir o objetivo: o isolamento elétrico dessas veias. Com isso, a crioablação tende demandar menos tempo do que o procedimento com energia de radiofrequência”, explica o eletrofisiologista.

A fibrilação atrial (FA) é a condição em que ocorre a desorganização dos estímulos elétricos cardíacos nos átrios, com isso, a frequência cardíaca fica em níveis superiores e irregulares. Esta arritmia é causada por gatilhos originados nas veias pulmonares, por isso o objetivo do procedimento é o isolamento elétrico das quatro veias pulmonares.

Embora tenha histórico de casos de arritmia cardíaca na família, Percival foi surpreendido ao descobrir que provavelmente poderia ter a doença, ao medir a pressão numa farmácia. “Sempre tive saúde muito boa e pratique esportes, mas, para minha sorte, o farmacêutico sugeriu que eu procurasse um cardiologista”, conta o vendedor.

A primeira crioablação realizada pelo IMC de Rio Preto foi um sucesso e, em apenas dois dias, Percival recebeu alta hospitalar. “Apesar de saber que eu ia ser o primeiro a passar por esse procedimento, sempre estive tranquilo. Estou muito feliz por saber que em breve poderei voltar às minhas atividades e a praticar esportes”, afirmou o morador de Tanabi. 

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Da Reportagem Local
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