‘Guardião da Segurança’ reúne profissionais da construção civil
Direcionado a trabalhadores da construção civil, telecomunicações e agentes públicos, evento foi na quinta-feira
Fotos: Divulgação/Energisa - Encontro realizado em Catanduva lotou dependências do Senac na quinta-feira
Por Da Reportagem Local | 02 de junho, 2025

A Energisa Sul-Sudeste, através do programa Guardião da Segurança, iniciado em 2020, realizou na quinta-feira, 29, o 1º Encontro Guardião da Segurança, em Catanduva. O evento tratou sobre o uso seguro da energia elétrica, tendo como objetivo fortalecer a conscientização da comunidade sobre práticas que podem evitar acidentes elétricos na área da construção civil.

Gratuito, o encontro reuniu trabalhadores da construção civil, empresas de telecomunicações, manutenção e elétrica, representantes da Defesa Civil, agentes do poder público, construtoras, lojas de materiais para construção e energia, entre outros interessados.

“Nosso compromisso é levar orientações de segurança para o maior número de pessoas possível. Esse encontro vai possibilitar que as informações sejam disseminadas para o público da construção civil e esperamos que, posteriormente, todos os participantes repliquem o conhecimento para os colegas de profissão, com o objetivo de evitar acidentes e fatalidades envolvendo a rede elétrica”, destaca o gerente de Operações da empresa, Anderson Rabelo Rosa.

Além desse evento, a Energisa mantém cronograma de ações para conscientizar a comunidade sobre os riscos de acidentes elétricos na construção civil. Entre as práticas mais comuns e irregulares que podem ocasionar acidentes, está o manuseio de ferramentas perto da fiação.

De acordo com Ana Bruinsma, técnica de Segurança do Trabalho da Energisa, esse tipo de ocorrência tem aumentado bastante. “Se for uma situação de risco, então a gente faz uma notificação impressa; a gente fala com o pessoal da unidade consumidora, a pessoa ali da obra ou o proprietário, e a gente notifica aquele cliente sobre aquele perigo de vida.”

Segundo ela, o principal problema é o desconhecimento sobre os riscos envolvidos naquela atividade. “Acho que falta informação, por isso que a gente está trabalhando com esse programa. O objetivo é a informação. Ela vai prevenir acidentes. E a maioria dos casos está na construção civil, então a gente está dando prioridade para quem está mais suscetível ao risco elétrico.”

Os casos, conta a técnica, são diversos. Desde a montagem de um andaime, a pintura de uma fachada ou manutenção de um aparelho de ar-condicionado. “O trabalhador às vezes fica muito próximo à rede de energia elétrica e o acidente não é só pelo contato, ele pode tomar um choque elétrico apenas pela indução, pela aproximação” revela a profissional.

Ana lembra, ainda, que os materiais que costumam ser utilizados na construção civil são condutores de energia elétrica. “Então isso tudo potencializa uma ocorrência.”

ACESSO MÚTUO

O programa Guardião da Segurança vai além da conscientização aos trabalhadores da construção civil. São feitas campanhas educativas para a população e também nas escolas, para orientar crianças e jovens. Outro grupo abordado é o do acesso mútuo, que são empresas de telecomunicações que utilizam os postes da concessionária para poder passar o cabeamento.

“A gente tem rotina de workshops, de trazer conhecimento, de trazer normas técnicas de distanciamento, de segurança, para que eles não se aproximem da rede elétrica e trabalhem sempre com segurança, porque a gente visualiza esse pessoal sem ponto de ancoragem, sem cinto de segurança, sem capacete, sem equipamentos básicos, o que amplia o risco elétrico”, reforça Rodrigo Pontes Garcia, coordenador de Segurança do Trabalho da Energisa.

Ele frisa que a energia elétrica não dá margem para erros, para que sejam burlados processos de segurança. “Você não consegue ver, você não consegue sentir, então assim, a energia é silenciosa. Ela está ali, está passando e, às vezes, aparenta uma falsa sensação de segurança.”

TODO MUNDO

A equipe da Energisa afirma que os acidentes envolvem desde quem tem desconhecimento dos riscos, como um pai de família que resolve fazer uma intervenção em sua própria casa a fim de economizar sem a contratação de um eletricista, mas também com profissionais experientes, que acabam se arriscando além do limite – justamente por nunca ter acontecido nada com ele.

“A gente fala com as crianças: quando o papai vai trocar a lâmpada, ele desliga e espera esfriar? Porque além de tomar um choque ele pode se queimar. A nossa cultura leva a essa exposição”, diz Ana, e completa: “Tem o profissional que faz a mesma coisa há 20, 30 anos, só que naquele dia, por algum motivo, ele vai encostar na rede elétrica e vai morrer. É muito impactante.”

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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