O governador de SP Tarcísio de Freitas anunciou o início do programa que vai organizar e agilizar as filas para os procedimentos cirúrgicos oncológicos. Hoje, o Estado tem 1.536 pessoas aguardando por essas cirurgias e algumas estão há até oito meses nesta espera.
Serão abertas três salas cirúrgicas e 45 novos leitos de internação, sendo 15 de UTI, no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade que integra o Complexo do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, e que é ligada à Secretaria de Estado da Saúde.
Também serão ativados outros 393 leitos ociosos do complexo HCFM-USP, sendo 349 de internação e 44 de UTI que vão colaborar para maior agilidade na assistência em diversas especialidades.
“Existem, hoje, de 7 a 9 mil leitos fechados no Estado de São Paulo, isso não é razoável, temos de apostar na reabertura desses leitos. É preciso aumentar a nossa disponibilidade e as vagas. Estamos aqui celebrando o início desse movimento”, destacou Tarcísio.
A ampliação da infraestrutura no Icesp tanto de salas cirúrgicas quanto do número de leitos possibilitará o atendimento de 1.250 novos pacientes nos próximos 12 meses e a realização de 840 cirurgias adicionais, o que representa um incremento de 20% do originalmente previsto.
Atualmente, o Instituto do Câncer conta com 445 leitos operacionais e na sua capacidade plena disponibilizará 490 leitos, sendo 85 de UTI, conforme previsto desde a sua inauguração, em 2008. Essa ampliação de leitos de UTI representará 20% de acréscimo sobre a oferta atual.
O maior número de pacientes atendidos permitirá o aumento da oferta de tratamentos clínicos em quimioterapia (2.350 sessões) e radioterapia (2.700 sessões) e dos serviços de apoio terapêutico como exames laboratoriais e de imagem a exemplo da tomografia e ressonância.
Esta iniciativa visa reduzir a fila atual de pacientes oncológicos no Estado de São Paulo em cerca de 40%, nos primeiros três meses da ação.
Na semana passada, o secretário de Saúde Eleuses Paiva esteve reunido com prestadores de serviços oncológicos de todo o Estado para alinhar a estratégia que fará para a fila andar. Representantes da Fundação Padre Albino, gestora do Hospital de Câncer de Catanduva, participaram de encontro.
“Não podemos admitir que pessoas com câncer aguardem tanto tempo para realizar o tratamento necessário. Nossa meta é tirar essas mais de 1,5 mil pessoas da fila logo nos 100 primeiros dias de governo e para isso é essencial a participação de todos essas pessoas que estão aqui hoje, trabalhando em conjunto em prol da população de São Paulo”, afirmou o secretário.
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