Fundação Padre Albino projeta investimentos no HCC; nova UTQ também vira alvo
Doria assumiu compromisso de custear 50% da unidade de queimados ainda este ano
Foto: COMUNICAÇÃO/FPA - Doria percorreu dependências do HCC em visita a Catanduva
Por Guilherme Gandini | 14 de março, 2022

Depois da visita do governador João Doria (PSDB) à cidade, na sexta-feira, 11, e a liberação de R$ 13,5 milhões para o Hospital de Câncer de Catanduva, o HCC, a Fundação Padre Albino detalhou como serão feitos os investimentos. Segundo a instituição, os recursos serão alocados na construção de novos prédios da Oncologia e do Serviço de Hemodiálise.

A verba para o prédio da Oncologia é de R$ 9,9 milhões. “O local terá poltronas e leitos para aplicação de quimioterápicos com a mais moderna tecnologia e ambientação para acolhimento e humanização da assistência e bem-estar dos pacientes e equipe”, informou a FPA.

Terá, também, duas salas de urgência, 16 leitos de enfermaria e 10 leitos de UTI específicos para oncologia num único bloco, com intuito de facilitar o acesso e qualificar o atendimento. 

A Fundação Padre Albino tem hoje contratualizados R$ 75,2 mil para realizar 129 sessões de quimioterapia, mas realiza R$ 295 mil. O valor contempla o atendimento de 500 pacientes, que totalizam em torno de 540 sessões. “Estamos em tratativas com a Secretaria de Estado da Saúde para adequação desse extrateto”, afirma a diretora de Saúde e Assistência Social da Fundação, Renata Rocha Bugatti.  

Para o novo prédio da Hemodiálise, hoje instalada no Hospital Padre Albino, a ser construído em área no Hospital Emílio Carlos, a verba é de R$ 3,4 milhões. Hoje, a Fundação tem capacidade para atender 96 pacientes por mês e esse novo prédio, com 21 poltronas, ampliará o atendimento para 126 pacientes.

“Com isso, os pacientes não precisarão dialisar em regiões vizinhas, com deslocamento de até 150 km, gerando desconforto e desgaste, pois têm que viajar três vezes por semana para realizar as sessões de diálise”, disse Renata Bugatti. 

O presidente do Conselho de Administração da Fundação Padre Albino, José Carlos Rodrigues Amarante, participou da recepção ao governador e o agradeceu pela liberação das verbas. Disse da alegria em receber novamente o governador, que veio a Catanduva inaugurar o Serviço de Radioterapia do HCC em setembro de 2019, sonho de Catanduva e região. Ao governador, também agradeceu pelo apoio dado, até então, com verbas para custeio, e lembrou que ele doou ao HCC o seu quarto salário de governador.

Depois de solenidade realizada no Teatro Municipal, que teve a participação do secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, Doria visitou as dependências do Hospital Emílio Carlos e do HCC. Ele conheceu os projetos dos novos prédios da Oncologia e da Hemodiálise e recebeu uma relíquia de Padre Albino. “Estou saindo daqui muito feliz”, disse Doria ao final da visita.

UTQ VIRA ALVO

Em seu discurso no Teatro Municipal, o prefeito Padre Osvaldo (PSDB) pediu ao governador a liberação futura de recursos para a construção de uma nova Unidade de Tratamento para Queimados, a UTQ, serviço oferecido pela Fundação Padre Albino que é referência estadual.

Como resposta, durante a visita às dependências da instituição, Doria assumiu o compromisso de que, caso o município consiga custear metade do investimento em conjunto com a iniciativa privada, o Governo do Estado assumirá a outra parte do valor necessário para a obra.

“Se for o Governo do Estado sozinho, vamos ter dificuldade de colocar no orçamento deste ano. Se a Prefeitura conseguir participar conosco, este ano, com 50%, no terreno, obra e custeio, nós vamos aprovar. 50% dessa operação, da implementação física e depois da manutenção, está aprovado desde agora. O Estado já entra com 50%, pode contar”, prometeu.

José Carlos Rodrigues Amarante confidenciou que a instituição chega a recusar 200 pedidos por mês de pessoas que precisam da UTQ. “É muita coisa. Isso vai favorecer muito essas pessoas”.

Doria também afirmou que, caso a viabilidade da parceria não ocorra este ano, o investimento poderá ser incluído no orçamento do Estado do ano que vem. “Que a gente vai fazer, vai fazer. A diferença é que, se vocês viabilizarem 50%, começa já”. Os valores não foram divulgados.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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