O final do ano é, em muitos casos, marcado por alegria e muitas celebrações, porém, o urologista Thiago Tagliari orienta que todos os cuidados sejam tomados por aqueles que desejam curtir as festividades de forma um pouco mais ousada. O especialista explica que é preciso atenção, pois embora existam diversas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a forma de lidar com cada uma delas pode mudar.
Um fator importante é que as infecções podem ser causadas por diferentes transmissores, como bactérias, vírus ou parasitas. “De forma geral, o uso do preservativo sempre será recomendado como a principal forma de prevenção, independentemente do ato praticado, mas também já existem algumas vacinas para determinadas ISTs que devem ser tomadas pela população adulta, como a da hepatite A e B e contra o HPV”, diz.
No que diz respeito ao HIV, sigla para o vírus da imunodeficiência humana, o especialista também recomenda o uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), um comprimido tomado diariamente, que impede o vírus de infectar o organismo. O medicamento é recomendado para aqueles que tenham maior risco de entrar em contato com o HIV, como trabalhadores do sexo ou parceiros de pessoas soropositivas.
“Importante também desmitificar a ideia de que HIV e Aids sejam a mesma coisa. O HIV é o vírus que ataca o sistema imunológico e deixa o organismo sem defesa contra novas infecções, o que possibilita que o indivíduo desenvolva outras doenças. Quando isso acontece é que a pessoa desenvolve a Aids. Felizmente, com os tratamentos atuais é possível viver normalmente com o HIV e de forma indetectável, ou seja, intransmissível”, detalha Tagliari.
Outras infecções recorrentes quando o assunto é IST são a clamídia, que costuma ser assintomática; a sífilis, que se não tratada pode resultar em graves problemas como surdez, demência ou AVC; e a gonorreia, responsável por gerar pus ou dor na região genital. “Portanto, é imprescindível que se realize exames regulares com um médico especializado, pois ao menor sinal de qualquer problema, o tratamento adequado pode ser administrado”, orienta.
Assim, o urologista informa que embora existam diferentes microrganismos na região genital do corpo humano que podem provocar infecções, é possível se prevenir contra praticamente todas as ISTs se o sexo for seguro. “Lembrando ser vital manter-se sempre informado e disseminar conhecimento entre as pessoas, pois nesses casos, a informação também é uma forte ferramenta de prevenção.”
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