Família faz vaquinha para tratamento e órtese para criança de 2 anos
Gabriel Henrique é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de grau 2 e possui síndrome que prejudica movimento das pernas
Crédito: Arquivo pessoal - Gabriel não tem sustentação do corpo e sente muitas dores na bacia lombar
Por Stella Vicente | 01 de outubro, 2023

A família de Gabriel Henrique Vilela da Silva Gomes, que tem apenas 2 anos de idade, está fazendo uma vaquinha virtual a fim de custear o tratamento e a compra de uma órtese, pois ele teve o movimento das pernas prejudicado. O menino é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de grau 2, associado a outras comorbidades, e Síndrome de Prader Willi (SPW).

Bianca Cristina da Silva Gomes é mãe do pequeno, que nasceu em dezembro de 2020, após uma gravidez de risco, descoberta em meio ao tratamento de endometriose e de um câncer no útero. Desde que nasceu, Gabriel chorava muito e não dormia. Foi quando começaram as inúmeras idas e vindas a médicos, que seguem até hoje de forma ininterrupta.

No início foram receitados remédios para acalmá-lo, porém com o tempo ele passou a ter também reações alérgicas, o que levou ao diagnóstico de uma alergia à proteína do leite e animal. Mesmo tomando fórmulas diferenciadas, Gabriel continuava não as aceitando bem. Hoje, ele pode consumir apenas uma marca específica, de valor alto, que a família vem sofrendo para arcar.

Além da questão alimentar, a descoberta da Síndrome de Prader Willi fez a preocupação aumentar. Isto porque não há cura, apenas medidas que podem ajudar a não piorar as complicações, que vão desde perder os dentes, desenvolver diabetes e obesidade, até a perda do movimento das pernas e da musculatura do corpo. E isso já está acontecendo com Gabriel, como conta sua avó, Mônica Cristina Vilela. “Ele não tem sustentação do corpo, tem muitas dores na bacia lombar porque, devido ao andar na ponta dos pés, está com um pouco de encurtamento do nervo das pernas”, relata.

Outro gasto da família é com os inúmeros profissionais que acompanham Gabriel para fazê-lo ter melhores condições de vida, apesar destas complicações. Ele faz consultas com fonoaudióloga, terapia sensorial, terapia ocupacional, terapia psicológica, fisioterapia (onde foi indicado o uso da órtese), terapia ABA, fonoaudióloga em ABA, terapia no mundo ABA e agora ele necessita fazer a Terapia Pediasuit, com coletes que custam R$ 18 mil, além de ter sido recomendada a equoterapia e natação, sendo que esta última ele irá fazer em breve após uma doação recebida.

Somam-se a essas despesas ainda as fraldas geriátricas Pants tamanho P e M e as medicações usadas pelo filho de Bianca, pois foram poucas as que funcionaram e vêm apresentando resultados. Uma delas, segundo a avó, é o canabidiol de 200 mg, cujo valor aproximado é de R$ 2.200, sendo utilizado três vidros por mês. Mônica afirma estar lutando na justiça para conseguir o custeio dos medicamentos, que não foram oferecidas pelo plano de saúde, nem pelo poder público.

COMO AJUDAR

A ideia da vaquinha virtual surgiu de uma amiga da família. No momento, Bianca não trabalha, pois precisa cuidar de seu filho de forma integral, assim como a avó, Mônica, que sofreu um acidente de trabalho e espera a resposta do INSS. O pai, o avô e o tio trabalham e ajudam como podem com o tratamento de Gabriel, mas os gastos mensais são próximos de R$ 10 mil. O link para quem deseja colaborar é https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ortese-e-tratamento-tea. Há a possibilidade de enviar a colaboração via Pix 4045092@vakinha.com.br ou pelo CPF 589.912.998-06. Em caso de dúvida sobre os tratamentos, é possível entrar em contato pelo número (17) 99763-7841. Outra alternativa encontrada pelos familiares foi promover rifas em parceria com comerciantes locais. Eles também aceitam doações de itens que possam ser “rifados”, a fim de arrecadar mais fundos a essa causa.

“Tentamos e relutamos em fazer a vaquinha, mas chegou um momento que ou a gente fazia ou o Gabriel perderia o movimento das pernas e a condição de vida dele iria piorar. A gente precisa dar uma qualidade de vida a ele não piorar e não o vermos em uma cadeira de rodas”, declara a avó.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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