
Histórias de luta, progresso e superação marcam a trajetória de médicos, cientistas e profissionais da saúde negros ao redor do mundo. Muitas dessas contribuições, porém, foram apagadas ou pouco reconhecidas pela história oficial.
Para resgatar e valorizar esse legado, a Faculdade de Medicina Faceres criou a exposição “Histórias Negras na Medicina”, que será aberta ao público nesta quarta-feira, 24 de setembro, às 11h, no hall de entrada da instituição, em São José do Rio Preto.
Com curadoria do professor doutor Araré Carvalho, em parceria com os estudantes do Núcleo Acadêmico Cultural e do Coletivo Antirracista da Faceres, e artes criadas por Bruna Taguchi, a mostra conta com 16 quadros que valorizam essas histórias e inspiram novas gerações.
Das resistências em tempos de escravidão às descobertas pioneiras da ciência moderna, as narrativas reunidas revelam um legado de excelência, resiliência e pioneirismo.
Entre os destaques da exposição estão nomes como Dra. Rebecca Lee Crumpler (1831–1895), primeira médica negra formada nos Estados Unidos, pioneira no atendimento a ex-escravizados; Dr. Juliano Moreira (1872–1933), primeiro psiquiatra negro do Brasil, que revolucionou a saúde mental ao combater teorias racistas; Dra. Patricia Bath (1942–2019), oftalmologista e inventora da técnica a laser que transformou a cirurgia de catarata; Vivien Thomas (1910–1985), técnico cirúrgico autodidata que desenvolveu procedimento inovador para a cardiologia pediátrica; e Dra. Jaqueline Goes de Jesus (n. 1990), biomédica brasileira que coordenou o sequenciamento do genoma da Covid-19 em tempo recorde.
Essas e outras histórias revelam como médicos e cientistas negros, em diferentes partes do mundo e em distintas áreas do conhecimento, transformaram a medicina e abriram caminho para novas gerações.
Segundo Araré “valorizar essas narrativas é um passo essencial para construir uma medicina mais equitativa e ampliar a compreensão sobre o papel da diversidade na produção do conhecimento científico.”
A exposição “Histórias Negras na Medicina” poderá ser visitada até 31 de dezembro, das 8h às 18h, no hall de entrada da Faceres, que fica na av. Anísio Haddad, 6.751, em Rio Preto.
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