Exportações se aproximam de 300 milhões de dólares em alta de 40%
Açúcar liderou as vendas das empresas catanduvenses no mercado internacional; extratos de café e óleo de amendoim vêm na sequência
Foto: Divulgação/Governo Federal - Países que mais compraram produtos catanduvenses foram China, Itália e Japão
Por Guilherme Gandini | 04 de janeiro, 2023

A atualização dos indicadores do Ministério da Economia referentes ao comércio exterior mostra que Catanduva ampliou sua presença no mercado externo no segundo semestre de 2022. Na totalização de janeiro a novembro, a cidade exportou US$ 293,4 milhões, com alta de 39,4% com relação aos US$ 210,4 milhões do mesmo período do ano anterior. Ou seja, as empresas locais venderam US$ 82,9 milhões a mais, de um ano para o outro, em 11 meses.

Quando se leva em conta o saldo da balança comercial, alcançado pelas exportações menos as importações, Catanduva registrou crescimento de 35,9%. Em 2021, o município exportou US$ 210,4 milhões e importou US$ 7,7 milhões, com saldo de US$ 202,6 milhões e, no ano passado, exportou US$ 293,4 milhões e importou US$ 17,7 milhões, com saldo de US$ 275,6 milhões.

A performance da Cidade Feitiço no mercado externo, de janeiro a novembro do ano passado, foi a melhor desde 2012, quando as exportações chegaram a US$ 398,2 milhões no mesmo período, e também o quarto melhor resultado em 20 anos, conforme levantamento feito pelo jornal O Regional. No alto do pódio, aparecem os anos de 2011, com US$ 601,5 milhões, seguido justamente por 2012 e, logo depois, por 2011, que alcançou US$ 347,5 milhões.

O desempenho verificado no ano passado coloca Catanduva como o 45º maior exportador paulista, com participação de 0,4% nas exportações do estado, e 194º do país, com a fatia de 0,1%. Entre os importadores, o município ocupa as posições 141, em SP, e 524, no Brasil.

PRODUTOS

O açúcar liderou as vendas para outros países de janeiro a novembro, com 54% de participação, num total de US$ 157 milhões. A variação foi positiva em 59,4% na comparação com o mesmo período de 2021. Na sequência aparecem os extratos, essências e concentrados de café, com 22% e US$ 65,8 milhões comercializados no período. O produto teve alta de 18,1%.

O ranking tem o óleo de amendoim em terceiro lugar, com 20% de participação e US$ 59,3 milhões vendidos, em alta de 28,4%. Os óleos essenciais somam 1,3% e US$ 3,9 milhões, em alta de 70,1%, tendo logo a seguir os sumos de frutas ou de produtos hortícolas, que também representam 1,3% da força exportadora; o valor é US$ 3,7 milhões, mas com retração de 30%.

Quanto às importações feitas por Catanduva de janeiro a novembro, os itens mais procurados no exterior foram leite e nata (45%); torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes (15%); bombas para líquidos (12%); grupos electrogéneos e conversores rotativos (5,6%), máquinas e aparelhos mecânicos (3,7%); tubos e acessórios (2,1%) e aparelhos mecânicos (2%).

PAÍSES

Os países que mais compraram produtos das empresas catanduvenses nos 11 primeiros meses do ano passado foram a China (26%), Itália (11%), Japão (8%), Malásia (6,5%) e Marrocos (5%). Já os que mais venderam para o município foram a Itália (31%), Paraguai (28%), Argentina (17%), China (13%) e Portugal (5,6%). Todos os dados consultados são do Ministério da Economia.

 

ALTA DAS EXPORTAÇÕES DE CATANDUVA 2021-2022*

Mês

2021

2022

Janeiro

$7.986.753

$15.748.503

Fevereiro

$8.190.934

$8.733.216

Março

$12.583.757

$10.137.460

Abril

$16.521.431

$16.234.589

Maio

$28.592.034

$18.879.409

Junho

$23.160.514

$32.443.373

Julho

$15.566.950

$36.778.166

Agosto

$32.848.598

$32.148.411

Setembro

$31.256.505

$37.735.673

Outubro

$ 24.173.141

$39.829.216

Novembro

$ 9.587.603

$44.741.976

Total

$210.468.220

$293.409.992

*em milhões de dólares

               

 

EXPORTAÇÕES EM 20 ANOS

JANEIRO A NOVEMBRO*

2022

$293.409.992

2021

$210.468.220

2020

$251.324.616

2019

$173.833.047

2018

$168.914.445

2017

$169.800.960

2016

$162.502.312

2015

$162.219.802

2014

$168.556.961

2013

$230.708.436

2012

$398.287.066

2011

$601.564.495

2010

$347.519.389

2009

$205.639.895

2008

$263.627.809

2007

$256.592.014

2006

$202.020.818

2005

$99.306.959

2004

$121.761.998

2003

$153.473.536

*em milhões de dólares

 

 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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