Esta quinta-feira, 15 de setembro, é o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, como são chamados os cânceres que atingem o tecido linfático, fundamental na manutenção da defesa do organismo contra infecções.
A data ganha ainda mais relevância diante dos resultados do estudo realizado pelo Observatório da Oncologia sobre diagnóstico de linfomas e mortalidade em pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo demonstra que o número de casos de linfoma não-Hodgkin duplicou nos últimos 25 anos, especialmente no grupo etário acima de 60 anos.
Os pesquisadores identificaram mais de 90 mil casos da doença entre 2010 e 2020, prevalecendo o linfoma não-Hodgkin (74%) e aumento de 26,8% de mortes entre 2010 e 2019. “O estudo reforça a importância de cada vez mais pessoas conhecerem os linfomas e seus sintomas para, aos constatá-los, procurar um médico o mais rapidamente possível”, afirma o médico hematologista Carlos Maluf Homsi, do Austa Hospital, de Rio Preto.
O linfoma acontece quando as células que deveriam proteger o organismo transformam-se em malignas, crescendo de forma descontrolada e “contaminando” o sistema linfático. É por ele que trafegam os linfócitos, ou seja, as células responsáveis pela defesa do nosso corpo.
Segundo o hematologista, os sintomas do linfoma podem ser o aumento de linfonodos, popularmente chamados de ínguas. “Eles podem ser sentidos pela palpação na região de pescoço, axilas ou virilha. Pode ocorrer também aumento do baço, febre, coceira, emagrecimento, fraqueza e suor excessivo, especialmente à noite”, explica Homsi.
“O motivo do aparecimento destas doenças são alterações genéticas que podem estar ligadas a fatores ambientais ou simplesmente acontecer ao acaso”, completa o médico.
O diagnóstico é feito por biópsia do gânglio acometido e, para realizá-lo, médicos têm como aliada a tecnologia. Uma delas é a tomografia computadorizada, um dos exames de imagem disponíveis no Austa Medicina Diagnóstica (AMD) que podem auxiliar no diagnóstico de linfomas e outros tipos de cânceres. O exame PET também é outa alternativa para definir os locais acometidos pelo câncer. “Hoje há como saber se a doença vai ter boa resposta ao tratamento ou não, independente da agressividade”, salienta o hematologista do Austa Hospital.
Segundo ele, os tratamentos atuais incorporam medicamentos imunobiológicos à quimioterapia tradicional. O transplante, no entanto, não garante a cura. “É apenas mais uma modalidade de tratamento à disposição”, informa Homsi.
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