A data Outubro Rosa é celebrada anualmente com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização acerca do câncer de mama. Ainda que divulgado amplamente, existem dúvidas sobre as causas, possível prevenção e o tratamento dessa doença.
Logo, o ginecologista e mastologista Bruno Christiani Sabino, que também é cooperado da Unimed Catanduva, explica os principais tópicos relacionados a esse tema. Hoje, um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Porém, seja por receio ou desinformação, muitas pessoas evitam o assunto, o que acaba atrasando o diagnóstico.
Bruno diz que, ainda que seja apenas entre 10 a 15%, o câncer de mama pode sim ser hereditário. “As principais causas [desse tipo de câncer] estão relacionadas aos hábitos de vida da mulher, por exemplo o sedentarismo, consumo excessivo de álcool, tabagismo, obesidade, dieta a base de gordura saturada e o excesso de carboidratos”, destrincha o médico especialista.
O câncer de mama, assim como outros tipos de cânceres, apresenta sinais e sintomas nas fases iniciais. No caso das mamas, o autoexame pode ajudar detectar precocemente, trazer melhores resultados no tratamento e reduzir a mortalidade.
“O autoexame deve ser realizado pelo menos uma vez ao mês, devendo se atentar para achados como nódulos endurecidos, alteração na cor da pele, retrações, abaulamentos, lesões na aréola e na papila, buscando sempre avaliação de um mastologista frente a qualquer alteração”, descreve.
Ele ainda ressalta que o exame de mamografia para rastreamento deve ser iniciado aos 40 anos de idade para aquelas mulheres assintomáticas e sem história familiar positiva. Segundo o ginecologista e mastologista, o câncer de mama pode sim ser evitado através de atividades cotidianas.
“Hábitos saudáveis como atividades físicas frequentes, dieta rica em frutas e verduras com diminuição do consumo de gorduras saturadas, evitar a obesidade, cessar o tabagismo e diminuir o máximo possível o consumo de álcool. Esses fatores são essenciais na prevenção da doença”, afirma.
O tratamento do câncer de mama é feito de forma individualizada, ou seja, cada caso deve ser bem avaliado previamente. "Sabemos que quanto mais precoce a descoberta da doença, menos agressivo é o tratamento e em muitos casos a retirada das mamas não é necessária", garante o especialista.
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