Especialista em saúde da mulher exalta nascimento humanizado
Larissa Ferreira é fisioterapeuta materno infantil e doula e explica que esta prática consiste em respeitar as vontades da família durante a chegada do bebê
Crédito: Divulgação - Gestantes interessadas devem saber que todo o processo começa ainda no pré-natal
Por Stella Vicente | 06 de abril, 2023

O nascimento humanizado está relacionado a respeitar as vontades da família durante a chegada do bebê. Por esse motivo, apresenta diversos benefícios tanto para a mulher, quanto para o filho. A especialista em saúde da mulher, fisioterapeuta materno infantil e doula Larissa Ferreira destaca que a prática pode ser feita independente da via de parto. Ou seja, pode acontecer em cesáreas ou em partos do tipo vaginal e não está ligado ao parto normal ou parto em casa.

Larissa explica que para que o nascimento humanizado aconteça existe um documento que os pais levam na maternidade, chamado plano de parto. Nele constam as informações necessárias para que a chegada do bebê seja a mais respeitosa possível. “O plano de parto é baseado nas diretrizes determinadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para um nascimento humanizado, com o contato pele a pele imediato independente da via de parto”, esclarece a especialista.

Outros aspectos dessa forma de nascimento são a chamada “golden hour”, que é a primeira mamada, onde neste primeiro contato o bebê já é colocado no peito da mãe para mamar o colostro, alimento considerado padrão ouro, cheio de anticorpos e vitaminas, considerado a primeira vacina do bebê; e o clampeamento tardio do cordão umbilical, ou seja, esperar pelo menos de 5 a 10 minutos para cortar o cordão, pois durante esse tempo o cordão umbilical pode permanecer pulsando, isso significa que enquanto isso o bebê ainda recebe sangue do cordão rico em ferro, com isso previne-se anemias.

“Caso os pais queiram também pode-se diminuir a temperatura do ambiente, colocar alguma música, e, caso o parto seja cesárea, não amarrar as mãos da mãe e o campo cirúrgico pode ser baixado para visualização da chegada do bebê”, diz Larissa.

Todo o processo começa no pré-natal. Os pais devem se informar a respeito dos profissionais contratados, sobre a maternidade e devem deixar suas vontades e desejos bem explicados para esses profissionais. A regra vale para maternidades do SUS ou particulares.

“Se o parto for por via vaginal a mãe ficará livre para escolher a posição que tenha vontade durante o nascimento do bebê. Ela pode também se alimentar e realizar exercícios e deverá ser informada e escolher se irá fazer uso de anestesia, ocitocina ou qualquer outra substância ou procedimento. Não há pressão para acelerar o nascimento do bebê e/ou outros quadros que propiciam a ocorrência de violência obstétrica”, descreve a doula.

Nascimento humanizado contabiliza vantagens

Dentre as vantagens desse tipo de nascimento estão a redução dos casos de depressão pós-parto, pois o bebê é colocado imediatamente em contato com a mãe, liberando hormônios que causam sensação de prazer e alegria; redução do trauma para o bebê, visto que no modelo tradicional, o bebê passa por momento estressante logo nos segundos iniciais de vida; criação de laço afetivo mais forte, já que o aleitamento materno logo após os minutos iniciais de vida do bebê é outro ponto importante; e a redução da ansiedade e do estresse, pois quando a mãe está no controle, ela sabe o que esperar.

“No nascimento humanizado a família é o foco, sendo assim protagonistas da chegada do seu filho. Todas essas etapas do nascimento humanizado só não poderão ser realizadas caso o bebê nasça com algum desconforto e precise de intervenções de urgência”, alerta a especialista.

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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