Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontam que cerca de 5% da população do país lida com os desafios impostos pela incontinência urinária. Segundo o urologista Thiago Tagliari, trata-se de um problema capaz de gerar maior incômodo e constrangimento na época mais fria do ano.
“Por a bexiga ser um órgão muscular, é comum que ela sofra variados estímulos com o frio, fazendo com o desejo de urinar aumente. Além disso, durante o inverno, o corpo transpira menos e, devido às baixas temperaturas, o organismo trabalha mais rápido, o que também leva a uma maior produção e contenção de urina”, explica o especialista.
Esse tipo de perda de urina involuntária acomete homens e mulheres de todas a idades e pode apresentar as mais diversas causas de origem, como o envelhecimento natural, fatores hormonais, tabagismo, obesidade, múltiplas gestações, lesões medulares, determinadas doenças e aumento prostático.
Tagliari também explica que existem três tipos de incontinência urinária: de esforço, quando a pessoa não tem força muscular pélvica para reter a urina; de urgência, quando há um desejo tão forte e repentino de urinar que a pessoa não consegue chegar ao banheiro; e mista, quando as perdas ocorrem durante um esforço e na presença de urgência.
Dessa forma, o médico orienta que em tempos mais frios, as pessoas que precisem lidar com a incontinência urinária sigam algumas orientações a fim de se manterem preparadas e com total confiança em suas bexigas.
“Uma adequada ingestão de líquidos, sem excessos de álcool e cafeína, e a realização de caminhadas regulares são algumas maneiras de manter o corpo longe de gatilhos para o banheiro, além de aquecer a temperatura do corpo e evitar que o frio afete as funções da bexiga”, recomenda.
QUEM É
Formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Thiago Tagliari é membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e atua como urologista em consultório próprio em Catanduva.
Autor