Em mais um dia de volatilidade no mercado financeiro, o dólar subiu para o maior valor em seis meses. A bolsa de valores iniciou o dia em queda, mas reagiu durante a tarde e fechou estável.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (20) vendido a R$ 5,461, com alta de R$ 0,04 (+0,74%). A cotação caiu durante a manhã, chegando a R$ 5,39 por volta das 10h30. No entanto, a moeda norte-americana não resistiu às pressões domésticas e externas e começou a subir pouco antes das 12h, até fechar próxima da máxima do dia.
A cotação está no maior valor desde 24 de janeiro, quando ficou em R$ 5,50. Com o desempenho de hoje, a divisa acumula alta de 4,32% em julho e queda de 2,06% em 2022.
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. Após cair 0,98% por volta das 11h, o índice Ibovespa recuperou-se no resto do dia e fechou aos 98.287 pontos, com alta de 0,04%. Ações de mineradoras e de empresas de logística puxaram a queda do indicador, mas a reação das bolsas norte-americanas, que encerraram em alta, ajudou a bolsa brasileira a recuperar-se.
Fatores internos e externos influíram no mercado financeiro nesta quarta. As tensões políticas internas provocaram turbulências na bolsa e no dólar. No cenário internacional, a provável alta de juros na zona do euro e a aceleração da demanda global por dólar ao longo do dia afetaram as negociações.
Na próxima semana, o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, definirá os juros básicos da maior economia do planeta. Parte dos analistas acredita que o órgão poderá elevar as taxas em 1 ponto percentual porque a inflação nos Estados Unidos está no maior nível em 41 anos. Juros mais altos em economias avançadas estimula a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Autor