O Dia Mundial do Rim é celebrado toda segunda quinta-feira do mês de março, e existe para informar e conscientizar a população sobre as causas das doenças renais, como prevenir e possíveis tratamentos. A Doença Renal Crônica é uma lesão nos rins que provoca a perda progressiva das funções do órgão, e necessita de tratamento constante.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no Brasil, haja 23 milhões de pessoas com doença renal crônica grave e a maioria necessita fazer hemodiálise – e o número tem aumentado a cada ano. A organização indica que, até 2040, a doença deve ser a 5ª causa de morte no mundo.
O médico nefrologista Renan Devito diz que algumas atitudes no dia a dia podem contribuir positivamente para a saúde dos rins, a começar por beber água suficiente e pela manutenção de dieta equilibrada e rica em frutas, legumes e grãos integrais – com baixo teor de sódio, gorduras saturadas, açúcares e alimentos processados e industrializados.
Também são medidas preventivas evitar fumar e limitar o consumo de álcool, praticar atividade física regularmente para manter peso saudável e controlar a pressão arterial, e priorizar o sono adequado, pois a falta de sono pode afetar negativamente a saúde dos rins.
“Evite o uso excessivo de medicamentos sem orientação médica, pois alguns podem ser prejudiciais aos rins e faça exames regulares de saúde. Consulte um nefrologista se tiver preocupações com a saúde dos seus rins”, orienta o especialista.
A boa saúde dos rins também está interligada a outros sistemas do corpo, a exemplo do neurológico. Isso porque doenças renais podem ter impactos no sistema nervoso, causando sintomas como fadiga, confusão mental e neuropatia periférica. Da mesma forma, condições neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré, podem ser desencadeadas por distúrbios renais.
Na otorrinolaringologia, que geralmente trata condições relacionadas aos ouvidos, nariz e garganta, também há condições que apresentam sintomas de forma interligada.
“Pacientes com doença renal crônica podem desenvolver distúrbios respiratórios, como apneia do sono, devido à acumulação de fluidos no corpo e alterações metabólicas. Além disso, algumas doenças que afetam as vias aéreas superiores, como alergias nasais ou sinusite crônica, podem ser agravadas em pacientes com comprometimento renal”, exemplifica o médico otorrinolaringologista Waldecir Sacchetin.
Ele frisa que é importante considerar o quadro clínico completo e colaborar com outros especialistas para garantir tratamento abrangente e eficaz para os pacientes.
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