Dermatologista alerta para doenças de pele que mais aparecem no inverno
Médica Maria Paula Del Nero explica quais são as principais e como evitar que elas incomodem nos meses frios do ano
Foto: DIVULGAÇÃO - Maria Paula Del Nero diz que o segredo é hidratar muito a pele, às vezes com produtos específicos
Por Da Reportagem Local | 17 de julho, 2022
 

A queda no termômetro pode trazer alguns problemas para a pele, que fica bem mais sensível nessa época do ano. A umidade relativa do ar cai, o que favorece o ressecamento. E certos comportamentos, como tomar banho quente e prolongado, pioram a situação. 

Maria Paula Del Nero, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que a hidratação é responsabilidade de uma camada de gordura que reveste a pele. E o ressecamento danifica essa barreira protetora, abrindo caminho para infecções, inflamações e infecções.  

Entre as doenças que mais se aproveitam dessa fragilidade, ela cita a dermatite seborreica, a popular caspa, que atinge especialmente a cabeça, mas pode chegar também a outras regiões peludas, como axilas, peitoral e costas – neste caso, para compensar a secura e a temperatura quente do chuveiro, as glândulas sebáceas da pele produzem mais oleosidade.  

Para evitar, o ideal é lavar e secar o cabelo constantemente em temperatura morna. Se for o caso, com xampus especiais. Fuja das toucas, gorros e bonés, que favorecem a oleosidade. 

A dermatite atópica, a mais clássica do outono/inverno, é capaz de atingir até 10% das crianças, especialmente as que têm outras alergias, como rinite, bronquite e sinusite. Sintomas são pele avermelhada, coceira, prurido e descamação. Eles são mais notados nas regiões das dobras.  

“A dermatite que mais piora com o ressecamento e o banho quente e prolongado, pois a perda da barreira protetora deixa a pele suscetível a agentes irritantes, como aditivos químicos”, aponta Maria Paula. O segredo é hidratar muito a pele, às vezes com produtos específicos.  

Para fechar, a psoríase tem como mal a falta de sol, que alivia as crises de quem sofre com a doença crônica. Por isso, o jeito é manter a exposição sempre que possível - fora dos horários de risco para o câncer de pele, claro - e buscar outros tipos de tratamento. Mas, como a falta de hidratação piora a coceira, o ideal é seguir as orientações gerais e manter a pele bem nutrida. 

A médica ainda cita hábitos que valem para todos: “O ideal é passar o hidratante logo depois do banho e, se a pele estiver muito ressecada, até mais de uma vez ao dia. Já a ducha diária precisa ser rápida (no máximo, deve durar sete minutos) e morna, equivalente à temperatura corporal, assim como a delicadeza na hora de passar sabonete no corpo - buchas e esfoliantes nessa época não são indicados.” 

 

 

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Redação de O Regional

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