Criança de 1 ano escuta pela primeira vez após implante coclear no HCM
Ativação do aparelho foi realizada na quinta-feira, um mês depois do procedimento cirúrgico no pequeno Gael Torciano
Foto: Divulgação - Foi quando ouviu a voz da mãe Janaína pela primeira vez que Gael se acalmou
Por Da Reportagem Local | 03 de setembro, 2023

Emoção, surpresa e um pouquinho de choro. Foi assim que o pequeno Gael Torciano, de 1 ano e 4 meses, ouviu pela primeira vez na manhã de quinta-feira, 31, um mês depois de realizar procedimento de implante coclear no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto. Gael nasceu com perda da audição profunda nos dois ouvidos e é o paciente mais novo a participar do Programa de Implante Coclear da Fundação Faculdade de Medicina (Funfarme) de Rio Preto, mantedora do HCM. Agora, Gael terá vida normal.

Desde o início do programa, em março, foram 32 procedimentos, sendo 20 em adultos e 12 em crianças. “Em dezembro de 2022 fomos habilitados para realizar o implante coclear, em pessoas com perda de audição profunda e, em março deste ano, iniciamos os procedimentos, algo inédito no noroeste paulista”, afirma o diretor executivo da Funfarme, Jorge Fares.

A mãe de Gael, a auxiliar de departamento pessoal Janaína Torciano, percebeu que o filho não escutava assim que saiu da maternidade. Isso porque ele não respondia a estímulos auditivos, como cachorros latindo e pessoas falando alto. Aos três meses foi constatada a deficiência auditiva e a família, que é de Penápolis, começou a buscar tratamento.

Segundo Luciano Maniglia, otorrinolaringologista do HCM responsável pelo procedimento, para que a criança não sinta os impactos da surdez, é ideal realizar o implante até os seis anos de idade, sendo que o melhor resultado se dá até os dois anos. “Gael terá um desenvolvimento escolar e social dentro da normalidade e poderá desenvolver a fala”, explica.

O procedimento possui duas etapas. A primeira é a implantação de um dispositivo na cóclea, órgão responsável pela função auditiva, que foi realizado no dia 27 de julho. Após a cicatrização, cerca de um mês depois, o aparelho é ativado.

A fonoaudióloga do Hospital da Criança e Maternidade (HCM) Érica Picoli destaca que a ativação de Gael foi feita de maneira diferenciada, pois além de não ouvir, ele também não fala. Nesses casos, são enviados estímulos ao nervo auditivo da criança, que são regulados na hora. Junto a isso, é realizado a análise das respostas comportamentais do pequeno. “A ativação do implante coclear na criança é sempre mais desafiadora e necessita da experiência do fonoaudiólogo audiologista. Somente assim é possível entender se o aparelho está ajustado”, afirma.

Gael começou a ativação agitado, assustado e sem entender o que estava acontecendo. Foi quando ele ouviu a voz da mãe Janaína pela primeira vez que ele se acalmou. “A gente sempre imagina esse momento de todas as formas, mas nunca está preparado. Estou muito emocionada”, afirmou. A próxima etapa será a fonoterapia, para que ele aprenda a ouvir.

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Redação de O Regional

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