
O período de estiagem em São Paulo, entre os meses de junho e outubro, eleva a ocorrência de incêndios em vegetação. Para orientar a população sobre os impactos causados pelas queimadas no meio ambiente e na saúde das pessoas, o Corpo de Bombeiros lidera campanha de conscientização em parceria com a Fundabom - Fundação de Apoio ao Corpo de Bombeiros.
Segundo o órgão, os fatores que mais contribuem para esse tipo de evento são as queimadas agrícolas, a soltura de balões no período de festas juninas e o clima seco com ventos frios.
Para evitar os incêndios em vegetação, não se deve jogar pontas de cigarro em locais inapropriados, principalmente nas rodovias. Evite fazer fogueiras – as fagulhas podem ser levadas pelo vento e espalhar as chamas; caso seja necessário, procure uma área afastada e sem vegetação. Não queime lixo, nem solte fogos de artifícios próximos a áreas florestais.
Se você vive em áreas rurais, mantenha o terreno limpo, capine as cercas e divisas da propriedade e separe as plantações com barreiras para evitar a propagação de fogo.
Diante de um foco de incêndio, é preciso saber como agir. Caso o fogo na vegetação esteja próximo a sua residência, comunique os vizinhos e acione os Bombeiros; retire crianças, idosos e pessoas com deficiências e os encaminhe a local seguro; caso não seja possível sair do local, cubra a cabeça e o restante do corpo com roupas molhadas e procure respirar junto ao chão.
A tenente Maiara Prado, dos Bombeiros de Catanduva, explica que a campanha integra a Operação São Paulo Sem Fogo e alerta para dados críticos: “Nesse período de estiagem, temos menor incidência de chuvas, menor retenção de líquido pela matéria vegetal e aumento da incidência dos ventos, tudo isso é propício ao aumento de ocorrências de incêndio.”
Durante o ano de 2024, os números foram críticos no estado de São Paulo. “Foram mais de 3 bilhões de metros quadrados de área atingida, o equivalente, aproximadamente, a 36 mil campos de futebol. Tivemos 810 pessoas desalojadas e duas vítimas fatais na região”, lembra.
Ela reforça a proporção de danos que os incêndios causam. “Não é somente o meio ambiente, a fauna, os animais que ficam queimados, feridos ou mortos carbonizados, isso também atinge patrimônio e a saúde humana. Tanto pessoas que foram atingidas diretamente, quanto pelo aumento de doenças respiratórias ao inalar a fumaça e a fuligem no ar.”
Em nome do Corpo de Bombeiros, a tenente Maiara Prado pede para toda a população colaborar com a campanha. “Não coloquem fogo em terrenos para fazer a limpeza, fogo em lixo, fazer limpeza material usando o fogo e não tenha medo de denunciar”, finaliza.
CRIMES AMBIENTAIS
Causar incêndios em florestas é crime ambiental, sujeito a multa e prisão. O uso indiscriminado das queimadas em áreas rurais, além de provocar o empobrecimento do solo, também pode ser considerado crime contra o Meio Ambiente.
Soltar, fabricar, vender ou transportar balões também é crime ambiental previsto no art. 42 da lei nº 9.605 de12/02/2013, com pena de reclusão de 1 a 3 anos. A cada três balões que sobem, dois caem acesos, a sua queda implica em grave risco de incêndios. Brincar com balões pode resultar na tristeza de muita gente, pois podem atingir aeronaves e causar tragédia.
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