As famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 8,2 trilhões ao longo deste ano. Com base na atual estimativa de 2% do PIB, essa movimentação representará aumento real de 3,01% em relação a 2024. Em Catanduva, o consumo está estimado em R$ 5,6 bilhões. A conclusão é do anuário IPC Maps 2025, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional.

Mesmo com a elevada taxa de juros e a alta da inflação, o cenário é de otimismo para o consumo. Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, a “melhoria dos níveis de emprego com carteira assinada proporcionou uma garantia de renda ao trabalhador, refletindo diretamente na escalada dos valores de consumo.”

Conforme o levantamento, entre os mais de 5 mil municípios brasileiros, Catanduva conquistou a 228ª posição no ranking nacional de potencial de consumo. No estado de São Paulo, que tem 645 municípios, a Cidade Feitiço ficou na 67ª colocação, reforçando sua importância econômica na região. O IPC Maps alcançado, considerado o share de consumo, foi de 0,06881.

A estimativa é que os setores de habitação, alimentação, transportes e saúde sejam os que mais contribuam para o consumo local. Em habitação, os gastos devem chegar a R$ 1,5 bilhão, enquanto alimentação no domicílio e fora do domicílio somará R$ 691,7 milhões. Já o custo com veículo próprio é calculado em R$ 616,1 milhões e, para medicamentos, R$ 211,2 milhões.

De acordo com o IPC Maps, em Catanduva, o consumo per capita é de R$ 47,1 mil na área urbana e R$ 46,6 mil na rural; nesta, o consumo soma R$ 50,5 milhões. Tais números levam em conta o Censo de 2022 e as estimativas populacionais do IBGE atualizadas no segundo semestre de 2024, que indicam 118.940 catanduvenses, sendo 1.084 na área rural, e total de 44.483 domicílios.

EM QUEDA

Em 2024, a estimativa do IPC Maps foi de que Catanduva tenha alcançado potencial de consumo total de R$ 5,7 bilhões, ficando na 206ª posição no ranking nacional e na 63ª colocação de São Paulo. Os dados revelam que, se a projeção para 2025 se confirmar, haverá queda no potencial de consumo do município, indo na contramão da projeção de aumento real feita para o país.

Veículo próprio leva maior fatia do orçamento no país

A preferência dos brasileiros na hora de gastar continua sendo com veículo próprio, cujas despesas devem somar R$ 885,9 bilhões, comprometendo 11,7% do orçamento familiar. Tal comportamento tem se repetido nos últimos 5 anos, chegando a superar, inclusive, segmentos como alimentação e bebidas no domicílio, que representam R$ 780,5 bilhões ou 10,3% do consumo domiciliar. Ainda assim, os itens básicos são prioridade, com grande margem sobre os demais: 25,2% dos desembolsos destinam-se à habitação (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás); 18,7% outras despesas (serviços em geral, reformas, seguros etc.); 6,7% são medicamentos e saúde; 4,6% alimentação e bebidas fora de casa; 3,8% materiais de construção; 3,5% educação; 3,4% vestuário e calçados; 3,4% recreação, cultura e viagens; e 3,2% higiene.