Começa campanha de vacinação contra gripe para grupos prioritários
Ação prossegue até 5 de maio, com estimativa de imunização de 18,1 milhões de pessoas; baixa cobertura em Catanduva preocupa
Crédito: Prefeitura de Catanduva - População acima dos 60 anos e com comorbidades deve receber reforço da vacina bivalente
Por Da Reportagem Local | 26 de março, 2024

O Governo de São Paulo iniciou na segunda-feira, 25, a campanha de vacinação contra a gripe – doença provocada pelo vírus influenza. A ação acontece nos 645 municípios paulistas até o dia 5 de maio e visa ampliar a cobertura vacinal contra a gripe para 18,1 milhões de pessoas de grupos prioritários como crianças de até seis anos, gestantes, professores do ensino básico e idosos.

Com a chegada do outono, há maior prevalência das doenças respiratórias como rinite, sinusite, gripes e resfriados. A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Estado da Saúde, Tatiana Lang D’Agostini, explica que a mudança de estação propicia o aumento de casos e a vacinação pode prevenir esse cenário.

“Esse período acentua as doenças respiratórias agudas, por isso, para evitar a proliferação do vírus, é fundamental adotar as medidas de prevenção e se imunizar”, afirmou a especialista, que também destaca a necessidade de ampliação da imunização.

“Em 2023, tivemos uma cobertura de 53% em todo estado. A meta para essa campanha, é que ela supere os números do ano anterior, fazendo com que o máximo de pessoas estejam imunizadas”, acrescentou. O CVE recebeu do Ministério da Saúde mais de 1,7 milhões de doses da vacina contra o vírus influenza. A distribuição para os Grupos de Vigilância Epidemiológica (GVE) foi feita nos dias 19 e 20 de março.

O Governo de São Paulo criou o portal “Vacina 100 Dúvidas” com as perguntas mais frequentes sobre vacinação nos buscadores da internet. A plataforma esclarece questões como efeitos colaterais, eficácia das vacinas, doenças imunopreveníveis e quais os perigos ao não se imunizar. O acesso está disponível no link https://www.vacina100duvidas.sp.gov.br.

Confira a lista completa dos grupos prioritários de vacinação: Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade; profissionais de saúde; gestantes; puérperas; professores do ensino básico e superior; povos indígenas; quilombolas; idosos com 60 anos ou mais de idade; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e salvamento; profissionais das Forças Armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais; pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso; trabalhadores portuários; e população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e jovens que cumprem medidas socioeducativas.

Cenário em Catanduva preocupa

Em entrevista à Vox FM, o pneumologista Pedro Macchione, que afirmou que os casos de Covid e Influenza estão em alta há pelo menos um mês. As testagens positivas para Covid estão 20% acima do esperado e de Influenza 10%. Ele explica que a sazonalidade e a agressão climática favorecem a disseminação do vírus com maior facilidade.

“Normalmente, no outono, temos o aumento sazonal das infecções respiratórias de vias aéreas superiores. Alguns anos mais, outros menos. Este ano, nós entramos no outono com uma temperatura média de pelo menos cinco graus acima do previsto e da média histórica. A agressão da temperatura muito alta facilita a entrada desses vírus nas vias aéreas superiores, da mesma maneira que acontece quando o frio é muito intenso. Então, tanto o frio intenso quanto o calor intenso são fatores agravantes da possibilidade de ter infecção respiratória por vírus”, disse.

O vírus da influenza e o vírus da Covid-19 se disseminam com muita facilidade e têm uma grande possibilidade de provocar a infecção no ser humano.

“As causas do aumento dessa frequência estão relacionadas com a sazonalidade do outono e com essa agressão climática muito alta. Sem dúvida, nós passamos anos de um retrocesso absurdo em relação à porcentagem de vacinação nas nossas crianças e nos nossos adultos também. Então, de verdade, a nossa cobertura para a Covid é baixa. Apenas 12% da população tomou uma dose de bivalente. Então, nós estamos realmente com uma cobertura vacinal baixa”, relatou o médico especialista.

De acordo com o Macchione, é esperado que a população se vacine e que aqueles que tenham mais de 60 anos recebam o reforço da bivalente para a Covid-19.

“Este ano, a recomendação do Ministério da Saúde é que pessoas com mais de 60 anos ou com comorbidades recebam o reforço da bivalente, independente de quantas doses tenham tomado. Espero que a população aceite essa condição colocada pelo Ministério da Saúde e realmente tome a vacina, não fique acreditando em fake news, conversa de comadre ou comentários de pessoas que não são do ramo e não viveram o drama que vivemos no Covid, não sabem do que é feita a vacina e não conseguem entender que isso é um benefício”, pontuou.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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