Cofco apresenta megaestrutura de combate ao fogo com 700 brigadistas
Empresa mantém trabalho preventivo, monitoramento via satélite e frota com 60 caminhões
Foto: O Regional - Cofco integra o PAM – Plano de Auxílio Mútuo, composto por usinas, associações e fornecedores de cana
Por Guilherme Gandini | 17 de agosto, 2025

No período de estiagem, a Cofco International intensifica seus esforços para a prevenção e combate aos incêndios rurais e florestais em suas unidades. A companhia, que possui colheita mecanizada, apresentou sua megaestrutura de prevenção, monitoramento e combate em encontro com representantes da imprensa regional. O jornal O Regional esteve presente.

O trabalho preventivo começa com a conservação e manutenção periódica dos carreadores, que são importantes para proporcionar melhor acesso ao local do incêndio e, por muitas vezes, dependendo das condições climáticas, auxiliam para que não haja a propagação do fogo.

Outra medida são os aceiros – prática para deitar a cana e aumentar o espaço entre os talhões, facilitando o trânsito de veículos de combate a incêndios e a manutenção dos carreadores.

Também há o monitoramento via satélite, com acompanhamento das áreas para sinalizar focos de incêndio em tempo real. Ao ser identificado um foco, a equipe de monitores acompanha e aciona a brigada de incêndio e o caminhão-pipa mais próximo para se deslocar ao local.

“Nós temos hoje utilizado o que tem de mais moderno no setor, desde o monitoramento via satélite, através da nossa central de controles, que fica na nossa base operacional, além dos equipamentos em campo que trabalham de forma direta na atuação contra o fogo”, enaltece Luiz Kabbach, diretor Agronômico da Cofco International.

Para o combate efetivo, são 60 caminhões e 700 brigadistas preparados para a missão de conter o avanço das chamas na região das quatro indústrias da Cofco, cuja extensão da área de cana é de 300 km. Para isso, são estabelecidos pontos estratégicos de posicionamento das equipes.

“Nós estamos devidamente localizados em pontos estratégicos para poder fazer a cobertura. São quase 100 municípios que nós atuamos na nossa região”, indica Kabbach, lembrando a situação grave vivenciada em 2024. “Foi um ano bastante difícil para o nosso setor, vários focos simultâneos e se fosse um trabalho individual nós não teríamos vencido, superado isso.”

Além da estrutura robusta própria, a Cofco integra o PAM – Plano de Auxílio Mútuo, que é composto por usinas, associações e fornecedores de cana-de-açúcar para mobilizar recursos humanos e materiais para ocorrências de incêndio na região, atuando junto com os municípios.

“Isso é fundamental, não só pensando no setor sucroenergético, mas como para a sociedade de forma geral. O setor tem uma responsabilidade social muito grande e, hoje, temos estrutura de equipamentos e mão de obra até maior que o Corpo de Bombeiros, então a gente vem até auxiliando as cidades”, destaca Daniel Pagnani, diretor geral das usinas da Cofco.

O gestor frisa que as queimadas são prejudiciais para toda a comunidade. “O que a gente tem identificado é que praticamente 100% dos focos de incêndio são criminosos. Então, a gente tem um problema social muito grande para atuar, porque o fogo não faz bem para ninguém. Não faz bem para a sociedade, não faz bem para a população, para os animais e florestas, para a própria cana e para os nossos processos industriais, pois hoje a Cofco tem 100% de coleta mecanizada.”

Pagnani ratifica que os incêndios acabam por prejudicar a matéria-prima da empresa, a cana-de-açúcar, que é utilizada produção de etanol, açúcar e energia. “O incêndio acaba prejudicando a nossa matéria-prima final, nossos produtos e também nossos rendimentos industriais.”

Cofco tem atuação internacional

A Cofco International é uma empresa global de agronegócios que compra, armazena, vende, processa e distribui commodities agrícolas essenciais: grãos, oleaginosas, açúcar, algodão e café. Com sede em Genebra, na Suíça, a Cofco emprega cerca de 11 mil profissionais, em 36 países. No Brasil, são 8.800 colaboradores espalhados por nove estados.

A companhia possui cerca de 70 operações pelo Brasil, entre elas quatro usinas de açúcar e álcool, no noroeste paulista; fábrica de biodiesel e esmagamento de soja, em Rondonópolis/MT; unidade de café em Alfenas/MG; além de escritórios corporativos em São José do Rio Preto/SP, São Paulo e outros dois escritórios em Santos, estes para os negócios de algodão e café.

As quatro usinas do grupo estão situadas em Catanduva, Potirendaba, Meridiano e Sebastianópolis do Sul. Também há um terminal de transbordo em Votuporanga. Em janeiro de 2026 serão concluídas as obras do terminal agrícola no porto de Santos, que ampliará capacidade portuária própria da empresa no Brasil de 4,5 para 14 milhões de toneladas.

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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