A atualização dos dados da dengue divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde revelou que Catanduva registrou 37 casos positivos da doença em janeiro e mais dois em fevereiro, 39 ao todo. O problema é que há mais 47 exames feitos nesse mesmo período aguardando resultado, o que pode fazer com que o número de confirmações supere o dobro dessa marca.
O mês de janeiro de 2023 teve 189 notificações, das quais 37 apresentaram resultado positivo, 133 negativo e 19 têm resultado pendente. No primeiro mês do ano passado, Catanduva registrou 40 casos da doença. Nos 16 primeiros dias de fevereiro, foram 38 notificações, dois resultados positivos, 8 negativos e 28 em investigação. No ano passado, fevereiro teve 95 casos.
O primeiro bimestre de 2022 abriu caminho para o período mais grave da transmissão da dengue em Catanduva, concretizando a terceira pior epidemia da história. Para se ter ideia, em março foram confirmados 611 casos, em abril 1.293 e em maio 1.010. Juntos, esses três meses somaram 2.914 casos positivos, equivalente a 78,3% dos 3.721 contabilizados no ano todo.
A Secretaria Municipal de Saúde sabe dos riscos. Ao divulgar o boletim, o órgão frisou que durante esses meses de chuvas prolongadas, o cuidado para combater a dengue deve ser redobrado, e reforçou o pedido para que a população receba os agentes em suas casas. A Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegytpi (EMCAa) teve efetivo reforçado em 30 agentes.
PNEUS
A equipe terceirizada contratada pela Secretaria Municipal de Saúde para ampliar o trabalho da EMCAa, que atua nas ruas com uniformes azuis, deparou-se com uma cená drástica, durante visita ao Parque Flamingo. No local foi constatado um depósito irregular de pneus.
“Além dos pneus estarem cheios de água, já estavam com larvas do mosquito da dengue”, afirmou o órgão. Todo o material foi recolhido e os agentes deram o destino correto para eles. “A melhor forma de prevenção é eliminar focos dos criadouros do mosquito.”
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