
Catanduva colhe resultados positivos no enfrentamento à dengue. A Avaliação de Densidade Larvária (ADL) referente ao mês de abril apontou redução de 3,1% para 1,7% no índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em comparação a janeiro.
O trabalho, coordenado pela EMCAa, percorreu 3 mil imóveis, avaliou as larvas encontradas e identificou que os focos de criadouros ainda se encontram dentro das residências em locais como ralos, vasos de planta, bebedouros de animais, pneus e depósitos de água.
Mesmo com a melhora, o resultado mantém o município em estado de alerta, já que o valor ainda está acima do limite considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de até 1% para possibilitar o controle do vetor.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a redução no índice de focos do mosquito refletiu diretamente na queda de casos suspeitos de dengue em abril: “A relação é clara: quanto menos criadouros, menos transmissão da doença. Por isso, as ações preventivas são o caminho mais eficaz para conter a dengue — e a principal parte desse trabalho acontece dentro das casas.”
Conforme relatório, em janeiro foram registrados 30.553 atendimentos na rede de saúde, sendo 3.490 casos de dengue – equivalente a 11,4%. Em fevereiro, foram 31.522 atendimentos e 5.506 casos de dengue (17,5%). Em março, dos 31.319 atendimentos, foram 5.984 casos de dengue (19,1%). Já em abril, os números foram: 28.908 atendimentos e 3.290 casos de dengue (11,4%).
“A queda expressiva registrada em abril mostra que as ações de combate e o envolvimento da população estão surtindo efeito. No entanto, mais de 80% dos focos do mosquito continuam sendo encontrados dentro das casas, o que exige atenção e responsabilidade contínua de todos”, reforça o setor. Para denúncias sobre locais com focos de dengue, o telefone é 17 3531-9200.
COMO É FEITA A ADL?
A ADL consiste na inspeção de uma amostra representativa de imóveis, onde agentes de controle de endemias verificam a presença de larvas do mosquito em recipientes com água. Com base nessas inspeções, são identificadas áreas com maior risco de transmissão, possibilitando o direcionamento das ações de controle. A metodologia é estabelecida pelo Ministério da Saúde.
O número de imóveis a serem vistoriados em uma ADL é determinado com base na população e na quantidade total de imóveis do município. Em Catanduva, segundo a Saúde, a escolha de 3 mil imóveis para a ADL segue essas diretrizes, garantindo que os dados obtidos sejam representativos da realidade do município e permitam análise eficaz da situação entomológica.
Autor
